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Por que Moraes decidiu reforçar o policiamento na casa de Bolsonaro

O magistrado determinou nesta terça (26) que haja reforço no policiamento na casa do ex-presidente; veja detalhes da decisão

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (26) que tenha um reforço no policiamento ostensivo na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“O monitoramento realizado pelas equipes da Polícia Penal do Distrito Federal deverá evitar a exposição indevida, abstendo-se de toda e qualquer indiscrição, inclusive midiática, sem adoção de medidas intrusivas da esfera domiciliar do réu ou perturbadoras da vizinhança”, escreveu o ministro na decisão.

Demanda da PGR

A decisão de Moraes segue parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que se manifestou na segunda-feira (25) a favor do reforço solicitado pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. Além do policiamento, Rodrigues também pediu a manutenção e a checagem constante da tornozeleira eletrônica de Bolsonaro.

‘Risco de fuga’

Moraes justificou a medida citando risco de fuga do ex-presidente. Ele lembrou que a Polícia Federal (PF) encontrou em seu celular um documento de pedido de asilo político, sem data e assinatura.

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“Ressalte-se, ainda, que os elementos de prova obtidos pela Polícia Federal indicam que Jair Messias Bolsonaro tinha posse de documento destinado a possibilitar sua evasão do território nacional, após a imposição de medidas cautelares”, complementa Moraes na decisão

Eduardo nos EUA

O magistrado também mencionou a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos e, segundo Moraes, teria buscado influenciar autoridades americanas contra o Judiciário brasileiro.

Em ofício, a PF alertou ainda para a possibilidade de Bolsonaro tentar se refugiar na Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, de onde poderia formalizar um pedido de asilo.

Por ser considerada extensão do território norte-americano, a embaixada não está sujeita a decisões da Justiça brasileira sem anuência do governo dos EUA.

Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.
Jornalista com trajetória na cobertura dos Três Poderes. Formada pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb), atuou como editora de política nos jornais O Tempo e Poder360. Atualmente, é coordenadora de conteúdo na Itatiaia na capital federal.