A conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump, presidente dos Estados Unidos (EUA), rendeu também uma troca de telefones preciosa para o governo brasileiro.
Segundo o Palácio do Planalto, além do pedido para encerrar o ‘tarifaço’ aos produtos brasileiros e uma troca de elogios, Lula e Trump também trocaram telefones, podendo, assim, se comunicar de forma direta quando for necessário.
O gesto, visto como normal nas conversas entre autoridades, têm um elemento a mais para o governo brasileiro: nos últimos dois meses, desde que as tarifas norte-americanas contra o Brasil entraram em vigor, o país não tinha nenhum canal de comunicação oficialmente aberto com o governo Trump.
Publicamente, membros do governo
O esforço de Eduardo levou a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Moraes, mas também endossou a justificativa do governo Trump para as tarifas contra o Brasil. O episódio fez com que Eduardo fosse denunciado no Brasil por crime de ‘lesa-pátria, inclusive sendo chamado de ‘traidor da nação’ pelo próprio Lula.
E quando será o ‘tête-à-tête’?
Oficialmente, Lula e Trump ainda não tem um encontro pessoal marcado. No entanto, durante a ligação de 30 minutos desta manhã, Lula se colocou à disposição para viajar aos Estados Unidos, e também aventou a possibilidade de uma reunião a ocorrer durante 47ª Cúpula da Asean, programada para 26 a 28 de outubro. A presença de Trump ainda não está confirmada.
Além disso, Lula também reforçou o convite para Trump participe da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30), que acontece em novembro, em Belém.
Enquanto esses encontros não acontecem, a expectativa do governo brasileiro é que o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, viajem nos próximos dias para o EUA onde tratarão do assunto ‘tarifaço’ diretamente com o Secretário de Estado, Marco Rubio.