A energia move o futuro e será cada vez mais utilizada em todas as nossas atividades. Estará mais presente no transporte, na indústria, no agronegócio, na tecnologia e em todas as áreas que impactam a vida cotidiana.
Em Minas Gerais, a meta é reduzir as emissões de gases poluentes e ampliar o uso de energia limpa. A secretária estadual de Meio Ambiente, Marília Melo, afirma que, pelos próximos 25 anos, o foco será alcançar a neutralidade de emissões por meio de fontes renováveis.
“Nós assinamos um compromisso, uma campanha internacional, a Race to Zero, para chegar à neutralidade até 2050. O estado de Minas Gerais, inclusive, foi o primeiro da América Latina e do Caribe a aderir. Este ano a gente tem a COP 30 no Brasil, e o tema principal de discussão é exatamente essas contribuições que cada país se comprometeu a reduzir de emissão até 2050. E isso está no nosso compromisso do nosso plano de ação climática”, conta Marília.
Secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), Marília Melo
No transporte, o futuro também aponta para energia limpa. A Natura, por exemplo, uma das maiores empresas de cosméticos do país, começou a utilizar
“E agora, com a implementação do biometano, isso abre a possibilidade de a gente rodar com os veículos de grande porte para fazer o abastecimento dos centros de distribuição e com um patamar de emissão cerca de 60% menor do que quando a gente está utilizando diesel”, diz Fernanda.
Fernanda Facchini, gerente sênior de sustentabilidade da empresa
Regulamentação
No campo regulatório,
“É uma nova dinâmica, uma nova cultura que vai se implementar aqui no Brasil. O consumidor sai de um papel quase jovem no mercado de energia elétrica para ser protagonista. Ele passa a ser o centro das atenções, passa a ser o motivo pelo qual produtos são criados”, afirma Rodrigo.
O senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator da MP do novo marco regulatório da energia, defende um novo planejamento para a taxa CDE, que financia políticas públicas no setor, e afirma que investimentos em armazenamento serão cada vez mais necessários no futuro.
“Se nós não tivermos energia armazenada, vamos ter que despachar as energias mais caras do mundo para poder não faltar energia. E a conta CDE explode. Se ela está batendo os R$ 55 bilhões em 2025, se não forem tomadas as medidas necessárias, em 2027 ela não será inferior a R$ 70 bilhões”, alerta o senador.
Senador Eduardo Braga (MDB-AM)
O presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados, Lafayette de Andrada (Republicanos), diz que o futuro passa pela transição dos combustíveis fósseis para fontes renováveis, mas ressalta que isso não pode encarecer a conta de luz. Para garantir um preço justo, ele defende a retirada de encargos e subsídios do valor final pago pelo consumidor.
“A gente tem que tirar da conta de luz esses encargos e subsídios, e aí sim nós vamos ter finalmente energia barata. Além da energia, teremos alimentos mais baratos e também um custo de vida menor. É isso que a gente precisa lutar, e é o que a gente tem feito na Câmara incessantemente”, detalha Lafayette.
Lafayette de Andrada (Republicanos), presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados