As ações para a redução de emissão de gases de efeito estufa (GEE) estão em discussão entre a sociedade e os governantes. Com a aproximação da COP30, sediada em Belém (PA), o tema reflete agendas voltadas à implementação de atividades para uma transição energética sustentável. No setor energético brasileiro, o movimento para cumprir a Política Nacional de Transição Energética ganha cada vez mais destaque.
De responsabilidade do Ministério de Minas e Energia (MME), a Política Nacional de Transição Energética tem como objetivo projetar o Brasil em relação às fontes renováveis de energia. De acordo com o MME, o país já utiliza 48% de energia renovável, acima da média mundial, que é de 15%. Apesar do percentual elevado, o Brasil ainda possui grande potencial de recursos hídricos, solares e eólicos a ser explorado.
Setor energético em transição
Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil encerrou 2024 com um acréscimo de 10.853,35 megawatts (MW) na matriz de geração de energia elétrica. Desse total, 91,13% da potência instalada é proveniente das fontes solar fotovoltaica (51,87%) e eólica (39,26%), ambas renováveis. Embora a matriz elétrica brasileira já seja majoritariamente renovável e de baixa emissão, o setor enfrenta novos desafios e pressões que estão reformulando sua dinâmica.
A Aneel aponta que, na oferta, o setor elétrico se torna mais diversificado e tecnológico, com a incorporação de fontes renováveis, armazenamento de energia e redes inteligentes. Essa modernização exige novos métodos de planejamento e operação, capazes de lidar com a intermitência das fontes e as variações climáticas.
Cenário energético
Segundo o Balanço Energético Nacional 2025 (BEN), produzido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), em 2024, as fontes renováveis mantiveram protagonismo na matriz elétrica brasileira, que alcançou 88,2% de participação. Apesar da leve queda na geração hidráulica (-1%), o país compensou essa redução com o crescimento expressivo das fontes eólica e solar, fortalecendo o processo de transição energética.
Com base nos dados apresentados, o Brasil segue avançando em direção a uma matriz cada vez mais limpa e sustentável, com forte presença das fontes renováveis.