De acordo com Ministério de Minas e Energia (MME), cerca de 60% da energia elétrica consumida no Brasil é gerada em usinas hidrelétricas. Essas estruturas transformam a força da água dos rios em eletricidade, garantindo o abastecimento de residências, hospitais, salões e diversos locais em todo o país.
O processo é baseado em um princípio da física: converter a energia potencial e cinética da água em energia mecânica, que depois é transformada em energia elétrica.
Da força da água à geração de energia
Para que isso aconteça, é construída uma barragem capaz de formar um grande reservatório. A água acumulada é liberada por canais e condutos metálicos até a chamada casa de força, onde o fluxo em alta velocidade faz as turbinas girarem. Esse movimento aciona os geradores, responsáveis por transformar a energia mecânica em eletricidade.
Após o processo, a água retorna ao leito natural do rio por meio de canais de fuga. A energia produzida passa por transformadores, que aumentam sua tensão para que seja transportada pelas linhas de transmissão e chegue à rede de distribuição. Apesar de parte da energia se perder durante o trajeto, ao ser convertida em calor nos fios, o sistema garante o fornecimento para grande parte do território nacional.
Além das usinas com grandes reservatórios, existem as chamadas usinas de fio d’água, que produzem energia diretamente a partir da correnteza dos rios. Esse modelo reduz a necessidade de grandes áreas alagadas, o que reduz impacto ambiental. No Brasil, exemplos desse tipo de estrutura são as hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia.
Impactos
Apesar de ser uma fonte limpa e renovável, a geração hidrelétrica traz desafios. A construção de barragens e reservatórios altera paisagens, inunda florestas e pode afetar algumas comunidades.
Mesmo com esses impactos, as usinas hidrelétricas seguem como base da matriz energética brasileira. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), elas garantem uma produção contínua, renovável e de baixo custo, fundamentais para o equilíbrio do sistema elétrico e para o avanço da transição energética no país.