Saiba como pequenos ajustes podem reduzir o valor da conta de luz

De mudanças no consumo à instalação de painéis solares, brasileiros apostam em alternativas para driblar os altos custos de energia

Do chuveiro ao ar-condicionado: hábitos ajudam a economizar energia

Na conta de luz, pagamos por encargos, subsídios e impostos que vão além do consumo de energia elétrica da residência. Esses valores variam por diversos motivos e dependem de decisões nacionais. Ainda assim, é importante que o consumidor saiba o que pode fazer para pagar menos, e, para isso, existem alternativas variadas.

Uma delas é o mercado livre de energia, que permite ao consumidor negociar e escolher a fonte de energia que vai utilizar. Nesse modelo, há diversas empresas geradoras e comercializadoras, o que estimula a concorrência e oferece melhores preços. Essa opção, no entanto, é voltada para quem consome grandes quantidades de energia, como supermercados, hospitais e indústrias.

Walter Fróes, CEO da CMU Comercializadora de Energia, explica que essa modalidade garante economia na conta.

“É oferecer ao grande consumidor uma usina gerando energia só para ele, em nome dele. Essa usina é construída e transferida para a titularidade do consumidor por arrendamento. Então, ele terá uma economia que, no mercado livre tradicional, gira em torno de 20% a 22% na conta da distribuidora”, afirma Fróes.

“Quando você faz a autoprodução, elimina o ICMS dessa energia e outras taxas, que alguns chamam de ‘penduricalhos’, que vêm na nossa conta do dia a dia. Isso leva o desconto para quase 50%. É fantástico, porque nós temos aqui várias redes de supermercado que aderiram a esse modelo”, explica Fróes.

Walter Fróes, Diretor da CMU Comercializadora de Energia

Outra alternativa é a geração distribuída (GD), que consiste na produção de energia elétrica no próprio local de consumo ou em áreas próximas. Normalmente, utiliza sistemas de energia solar, como placas instaladas em telhados de residências. Nesse caso, o consumidor produz a própria energia em pequena escala e reduz o valor da conta.

Alaor José da Silva, dono de um bar, conta que possui placas solares tanto em casa quanto no estabelecimento. A conta de luz caiu de cerca de R$ 350 por mês para R$ 150, somando o consumo dos dois locais.

“O meu custo de energia era muito alto, juntando o bar e a casa. Em 2022, eu pagava em torno de 350 reais. Resolvi conversar com um amigo e com a minha irmã, que também tem energia fotovoltaica em casa, e ela me disse que valia a pena colocar, que era muito bom. Então, contratei uma empresa, eles fizeram o orçamento e eu gostei. O serviço foi executado rapidamente, por um preço muito bom, em torno de 21 mil reais”, relata o comerciante.

Alaor José da Silva, dono de bar

Para reduzir a conta de luz, várias mudanças podem ser adotadas dentro de casa. O chuveiro elétrico e a geladeira costumam ser os principais vilões, enquanto o ar-condicionado também pode elevar bastante o consumo. A geladeira, que funciona 24 horas por dia durante todo o mês, consome entre 70 e 80 kWh, o que representa quase um terço do consumo médio de uma família. Já o chuveiro gasta ainda mais, como explica o engenheiro eletricista Alexandre Heringer Lisboa.

“Se a pessoa tomar cinco banhos de 12 minutos com o chuveiro ligado, vai gastar em torno de 135 kWh, o que representa metade da conta de energia. Se o tempo for reduzido para 8 minutos, mesmo com cinco banhos, o consumo cai para 90 kWh”, detalha o engenheiro.

Entre as alternativas para economizar, estão as lâmpadas de LED e os aparelhos eletrônicos mais eficientes, como televisores modernos, que consomem pouca energia. Já a geladeira, por não poder ser desligada, deve ser usada com cuidado: cada religação faz o compressor trabalhar mais para regular a temperatura, o que aumenta o consumo.

“O ar-condicionado deve ser ajustado para uma temperatura não muito baixa, 24 graus o ideal, especialmente à noite ou quando você está em casa. E o chuveiro elétrico, em períodos de calor, não precisa ficar na posição mais quente”, orienta Alexandre Heringer Lisboa.

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Jornalista graduado pela PUC Minas; atua como apresentador, repórter e produtor na Rádio Itatiaia em Belo Horizonte desde 2019; repórter setorista da Câmara Municipal de Belo Horizonte.
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