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Após briga por ‘paternidade’, PL do Comida di Buteco pode avançar na Câmara de BH

O Projeto de Lei (PL) que tramita em primeiro turno declara o concurso como patrimônio cultural imaterial de Belo Horizonte

O Projeto de Lei (PL) 270/2025, que declara o concurso Comida di Buteco como patrimônio cultural imaterial de Belo Horizonte, pode ser votado em primeiro turno nesta terça-feira (13), na Câmara Municipal (CMBH).

De autoria do vereador Sargento Jalyson (PL), o texto afirma que o concurso, realizado anualmente na capital mineira, movimenta a economia local e promove um “circuito gastronômico cultural” nos bairros do município. “Ao declarar o Comida di Buteco como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial de BH, o Poder Público assegura apoio à continuidade e à expansão do evento na cidade”, diz um trecho da justificativa.

O projeto recebeu parecer favorável das Comissões de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo, e também de Direitos Humanos, Habitação, Igualdade Racial e Defesa do Consumidor. No entanto, o PL ainda não teve parecer emitido pela Comissão de Legislação e Justiça, responsável por avaliar a constitucionalidade das propostas.

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Briga por “paternidade”

O Comida di Buteco foi, em setembro, protagonista de um mal-estar entre parlamentares da CMBH.

Em maio, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) publicou um decreto reconhecendo o concurso como manifestação cultural da cidade. A proposta, reivindicada pela vereadora Marcela Trópia (Novo), menciona que o evento passa a integrar o Calendário Oficial de Eventos da capital mineira.

Na ocasião, a parlamentar se apresentou como autora da indicação que originou o decreto. Trópia chegou a apresentar um projeto de lei, mas o Executivo publicou o decreto antes da conclusão da tramitação da proposta.

Em agosto, a prefeitura publicou a inclusão do Comida di Buteco no Calendário Oficial de Festas e Eventos do Município, mencionando, no próprio Diário Oficial do Município (DOM), o projeto de lei de autoria do vereador Sargento Jalyson.

Nas redes sociais, o parlamentar reivindicou a autoria da proposta, apresentando-se como “autor do projeto” que inseriu o evento no calendário oficial, e afirmou: “Filho bonito, muita gente quer ser pai (ou mãe)”.

O projeto, de autoria do vereador do Partido Liberal, está previsto para votação em Plenário nesta terça-feira. Se aprovado, o texto ainda precisará retornar às comissões da Câmara antes de ser analisado novamente, em segundo turno.

Jornalista pela UFMG, com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia, já atuou na produção de programas da grade, apuração e na reportagem da Central de Trânsito Itatiaia Emive. Atualmente, contribui como repórter na editoria de política.