A votação da PEC 24 na Assembleia Legislativa de Minas Gerais,
Entre eles, a deputada Chiara Biondini (PP), que se recupera de uma cirurgia na perna e precisou ir à Assembleia para garantir presença. Ela relatou à reportagem que foi para se posicionar favorável à PEC, mas se atrasou por poucos minutos e perdeu o início da votação, chegando no momento em que o deputado Bruno Engler (PL) declarava voto. Outra deputada também havia passado por procedimento cirúrgico, mas esteve na Casa e votou normalmente para não comprometer o placar.
A base do
Pressão e desgaste
Um dos pontos altos da votação desta quarta-feira (05) foi o
O encaminhamento da discussão para votar o texto imediatamente surpreendeu a base governista por conta de um suposto acordo informal para que a votação ocorresse um pouco mais tarde do que o previsto, após o retorno de deputados que estavam ausentes.
De acordo com a oposição, no entanto, o bloco estava em obstrução, que poderia se estender por mais tempo, mas decidiu retirar os requerimentos para acelerar a votação. A estratégia acabou pegando a base desprevenida, que estava desmobilizada naquele momento.
Quando a oposição tentou retomar a palavra, a base argumentou que quem havia abdicado da discussão não poderia se reinscrever, o que acirrou os ânimos e levou ao bate-boca entre os deputados. O impasse rapidamente evoluiu para empurrões, e a sessão precisou ser interrompida por alguns minutos.
A reportagem soube que, tanto base quanto oposição chegaram ao plenário pressionadas pelas últimas semanas e
Na prática, a disputa pelo texto acabou contaminada por relações pessoais que ficaram estremecidas durante a tramitação do texto, quando discussões entre parlamentares que haviam mantido diálogo ao longo da legislatura protagonizaram desentendimentos abertos nos últimos dias.
O clima azedou, por exemplo, após a reunião da comissão especial,
Chama o VAR
Minutos depois da confusão entre os deputados no plenário na votação em segundo turno, o projeto foi votado e, ao fim, o placar marcava 47 votos a favor e 22 contra - resultado que configurava uma derrota para o governo, que precisava de, no mínimo, 48 votos. Só após o deputado Bruno Engler (PL) pedir a palavra e declarar voto é que o painel foi atualizado para 48.
O resultado foi contestado imediatamente pela oposição, que alegou ausência do deputado no plenário no momento da votação. Diante da disputa, o presidente da Casa, Tadeu Martins Leite (MDB), decidiu suspender a sessão e checar as câmeras de segurança —
Após a análise das imagens, Tadeu confirmou que Engler estava presente, e o voto foi validado.
Durante a checagem das câmeras que confirmariam a presença de Engler no plenário, Tadeu chegou a sincronizar as imagens das câmeras de segurança internas com o relógio do painel eletrônico.
Ao constatar que o deputado havia entrado nos segundos finais da segunda chamada, o presidente teria rebatido o argumento dos opositores, afirmando que a gravação confirmava a legalidade do voto. O gesto consolidou a vitória da base e encerrou o episódio.