O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) defendeu, nesta sexta-feira (18), uma reação das Forças Armadas diante da nova operação da Polícia Federal que
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“Me orgulhava das Forças Armadas, me orgulhei das Forças Armadas em 1964, embora ainda fosse menino, criança. Hoje eu quero dizer o seguinte: Forças Armadas, estejam ao lado do povo brasileiro. Estejam ao lado da democracia”, declarou o parlamentar, que também é vice-líder da oposição na Câmara.
Chrisóstomo, que é coronel da reserva do Exército Brasileiro, não respondeu quando foi questionado se sua fala representava um pedido por intervenção militar. Também evitou esclarecer se fazia referência direta ao golpe de 1964, que deu início ao período da ditadura militar no país, que perdurou por 21 anos.
Ainda durante a coletiva, o deputado também criticou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sem citar nomes. “Chega de perseguição. O Brasil não quer isso. O povo brasileiro não aceita isso. Nós não podemos ter uma autoridade perseguindo impiedosamente um ex-presidente que só pensa em fazer coisas boas para o Brasil. Queremos paz. O Brasil quer paz”, afirmou.
Além disso, o parlamentar fez um apelo à imprensa: “Está na hora da imprensa brasileira agir em favor do povo brasileiro. Defendam o Brasil, defendam o nosso povo”, disse, ao lembrar o papel de parte da mídia no apoio ao golpe de 1964.
Após a fala, o deputado permaneceu junto de outros membros da oposição que estavam na coletiva, mas sem responder a nenhum questionamento. Ao lado do deputado, o líder do PL no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), minimizou a fala do colega e evitou comentar diretamente o conteúdo: “A posição do parlamentar é individual e ele tem o direito de falar pela sua posição”.
Portinho ressaltou, no entanto, que há “preocupação com a defesa do país”, mencionando o corte de verbas nas Forças Armadas e a prisão de militares de alta patente. “Isso é suficiente. É a resposta”, declarou, sem entrar no mérito da fala de Chrisóstomo.