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‘Estritamente técnica’, diz Motta sobre veto a Eduardo Bolsonaro na liderança da Minoria

Presidente da Câmara afirmou que não há precedente para líder atuar estando fora do país

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta terça-feira (23) que a decisão de barrar a indicação do PL para que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) assumisse a liderança da Minoria foi “estritamente técnica”, baseada em parecer da Mesa Diretora.

Segundo ele, a permissão para que líderes utilizem votação remota existe apenas para garantir que possam exercer o mandato enquanto cumprem funções presenciais, como atender parlamentares e apresentar projetos, o que Eduardo não poderia fazer por estar no exterior.

“O deputado Eduardo Bolsonaro não está em território nacional, como todos sabemos. Além disso, a Câmara não foi comunicada previamente sobre sua saída do país. Por esse critério técnico, é incompatível que ele assuma a liderança da Minoria”, completou Motta.

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A declaração de Motta acontece após ele negar a indicação de Eduardo para ser líder da minoria, que foi uma tentativa da oposição de driblar uma eventual cassação por faltas, já que ele está morando nos Estados Unidos desde março.

De acordo com o parecer da Secretaria-Geral da Mesa (SGM), embora haja possibilidade dos parlamentares participarem à distância das votações, pelo aplicativo Infoleg, isso não dispensa o comparecimento presencial às sessões.

A rejeição de Motta ao pedido do PL vem um dia após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar Eduardo e o inluenciador bolsonarista Paulo Figueiredo por suas atuações nos EUA contra autoridades brasileiras para tentar interferir no julgamento do ex-presidente Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.

Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.