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Comissão da Câmara vai acionar governo de Minas, MPMG e ANM sobre barragem em Brumadinho

A preocupação do presidente da Comissão, deputado federal Rogério Correia (PT) é sobre a possibilidade de rejeitos contaminarem o Rio Manso, que corta a região, e abastece a grande BH

Deputado federal Rogério Correia (PT)

A Comissão Externa sobre fiscalização dos rompimentos de barragens e repactuação da Câmara dos Deputados, vai oficiar nesta sexta-feira (25) o governo de Minas Gerais, Copasa, Ministério Público, Agência Nacional de Mineração e a Emicon Mineração, sobre a situação das barragens da mineradora em Brumadinho, região central do estado.

Deputados federais visitam a região, e a preocupação do presidente da Comissão, deputado federal Rogério Correia (PT), que foi à cidade, é sobre a possibilidade de rejeitos contaminarem o Rio Manso, que corta a região, e abastece a grande BH.

“Eu vou notificar pela Comissão Externa, o governo do Estado, além da ANM, pedir a Copasa para dar um relato, do que que está acontecendo e tomar os cuidados necessários. Fiquei muito preocupado aqui. Essa empresa é uma empresa falida e, portanto, não deu nenhuma assistência, nenhuma obra foi feita”, destacou o parlamentar.

“É um descomissionamento que já era para ter sido feito há muito tempo, está completamente fora do prazo. Existem outras barreiras ao longo desse córrego e esse córrego vai direto para o Rio Manso. Três milhões e meio de pessoas que dependem dessa água na região metropolitana de Belo Horizonte. Uma parte BH, Contagem, Betim”, acrescenta.

À Itatiaia, a Copasa afirmou que está ciente da elevação do nível de emergência da barragem. “De acordo com a própria ANM, não há, neste momento, risco iminente de rompimento da estrutura e que os estudos conduzidos por auditores e projetistas indicam que os resultados obtidos não podem ser considerados conclusivos, em virtude de insuficiências nas investigações geotécnicas. A elevação do nível de emergência foi determinada em razão da constatação de condições de estabilidade marginal da barragem, tendo como objetivo principal garantir a retirada preventiva de residentes nas comunidades situadas na Zona de Autossalvamento (ZAS), conforme prevê a Política Nacional de Segurança de Barragens (Lei nº 12.334/2010), em conformidade com os protocolos de segurança estabelecidos”, diz a companhia.

A estatal afirma acompanhar a situação “de forma permanente” em “estreita articulação com os órgãos de fiscalização, defesa civil e demais autoridades competentes”. “Ressalta, ainda, que dispõe de plano de contingência operacional devidamente estruturado, que contempla, entre outras ações: execução de manobras operacionais entre sistemas de abastecimento interligados, como os Sistemas Paraopeba e Rio das Velhas; ativação de fontes alternativas de captação de água, bem como a utilização de volumes estratégicos de reservação disponíveis; abastecimento emergencial por meio de caminhões-pipa, com prioridade para áreas e instalações sensíveis, como unidades hospitalares, serviços de saúde e equipamentos públicos essenciais”, acrescenta.

“A Companhia reafirma seu compromisso com a segurança hídrica, a saúde pública e a transparência, e continuará mantendo a população, os veículos de imprensa e as autoridades informadas por meio de seus canais oficiais”, conclui.

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Jornalista graduado pela PUC Minas; atua como apresentador, repórter e produtor na Rádio Itatiaia em Belo Horizonte desde 2019; repórter setorista da Câmara Municipal de Belo Horizonte.