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Com quase um mês de greve, Câmara de BH vai tentar mediar negociação entre prefeitura e profissionais da educação

A primeira reunião já está confirmada na Comissão de Administração Pública e Segurança Pública, e foi solicitada por oito vereadores do bloco de esquerda do Legislativo

Plenário da Câmara Municipal de Belo Horizonte

Com quase um mês de atraso, a Câmara Municipal de Belo Horizonte decidiu mediar a negociação entre a prefeitura da capital e sindicato dos profissionais de educação para tentar dar fim à greve, que começou em 6 de junho. Uma audiência pública já está marcada para a próxima segunda-feira (7), e um requerimento já foi protocolado para outra audiência na próxima quarta-feira (9).

A primeira reunião já está confirmada na Comissão de Administração Pública e Segurança Pública, e foi solicitada por oito vereadores do bloco de esquerda do Legislativo, para ser realizada em uma reunião extraordinária.

A pauta é a campanha salarial dos trabalhadores da educação. O requerimento que deu origem à marcação da audiência fez convite à secretária de Educação da capital, Natália Araújo, ao secretário de Planejamento, Bruno Passeli; ao secretário de Governo, Guilherme Daltro; ao secretário de Fazenda, Pedro Meneguetti; a representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de BH (Sind-Rede/BH); além do próprio prefeito Álvaro Damião (União Brasil).

Já a segunda reunião, prevista para a próxima quarta-feira, foi solicitada pelo vereador Irlan Melo (Republicanos), e tem como pauta o debate da paralisação dos professores da rede pública de ensino e suas reivindicações, além dos impactos que a greve ocasiona aos professores e alunos.

Houve o convite apenas para a secretária de Educação, Natália Araújo; além da presidente do Sind-REDE/BH, Vanessa Portugal. O requerimento deste encontro ainda deve ser votado pela Comissão de Educação, e a audiência só acontece se ele for aprovado pelos vereadores.

Pressão pelo fim da greve

Os vereadores protagonizaram na última terça-feira (1º), diversas cobranças pelo diálogo entre prefeitura e sindicato, além de pedirem o fim da greve.

O vereador Professor Juliano Lopes (Podemos), presidente da Câmara, disse em plenário que entende os desafios financeiros da prefeitura, mas que é hora de rever a proposta feita aos profissionais.

Já o líder de governo da prefeitura, vereador Bruno Miranda (PDT), afirmou na terça-feira em plenário que a atual proposta de 2,49% de reajuste que a prefeitura ofereceu à educação é referente apenas a quatro meses.

Além disso, outros parlamentares se manifestaram em reunião de plenário declarando apoio a greve, ou solicitando nova proposta e garantia de diálogo por parte da prefeitura. Dentre eles, a vereadora Juhlia Santos (Psol), Luiza Dulci (PT), Wagner Ferreira (PV) e Pedro Patrus (PT).

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Jornalista graduado pela PUC Minas; atua como apresentador, repórter e produtor na Rádio Itatiaia em Belo Horizonte desde 2019; repórter setorista da Câmara Municipal de Belo Horizonte.