O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),
Alexandre de Moraes, não receberá uma
mensagem de apoio da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH). Nesta segunda-feira (8), por maioria de votos, foi rejeitada a proposição que manifestava apoio ao magistrado, após a decretação da
prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Vereadores do PT e do PSOL tentaram obstruir a votação, alegando que o autor do texto, o vereador
Pedro Rousseff (PT), estava ausente por questões pessoais, mas não obtiveram êxito.
Ainda nesta segunda-feira, a Câmara aprovou outra moção relacionada ao ministro. O texto, de autoria do vereador
Pablo Almeida (PL), repudiava as condutas recentes de Moraes e o declarava “
persona non grata” na capital mineira.
Alexandre de Moraes é o relator da
ação no STF que apura a participação de Bolsonaro e de outros sete réus, acusados de integrar o chamado “núcleo crucial” na suposta tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022.
Na terça-feira (9), a Primeira Turma do STF retoma o julgamento, com os votos dos ministros pela condenação ou absolvição dos oito réus.
Apesar da rejeição da moção de apoio,
parlamentares do PT e do PSOL levaram à CMBH um boneco com o rosto do ex-presidente algemado, vestindo roupas listradas e segurando uma placa com a palavra “condenado”.
Para o vereador
Dr. Bruno Pedralva (PT), o texto apresentado por Pablo é uma “piada” dos aliados de Bolsonaro e do governador Romeu Zema (Novo). Ele afirmou que a moção não terá qualquer influência no resultado do processo, previsto para ser concluído na sexta-feira (12). “O voto dos vereadores não muda a condenação de Bolsonaro. Na sexta, ou talvez antes, estaremos comemorando”, declarou.