O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),
O relatório da Polícia Federal (PF), divulgado no fim do ano passado, aponta que Bolsonaro apresentou uma “
Nessa reunião, os comandantes da Aeronáutica e do Exército teriam se posicionado contra a adesão a qualquer plano “que impedisse a posse do governo legitimamente eleito”. “A reunião foi sobre o quê? Por que um presidente da República, às vésperas de terminar seu mandato, convocaria os comandantes das Forças Armadas para discutir a sua manutenção no poder? Essa foi a reunião: a perpetuação no poder”, disse Moraes.
O ministro continuou argumentando que, na ausência de um instrumento jurídico de impugnação — como, por exemplo, uma prova de fraude no processo eleitoral de 2022 — “só restava um instrumento: a força”.
Na última semana, durante a argumentação da defesa, os advogados de Bolsonaro negaram que o ex-presidente tenha incentivado apoiadores a deslegitimar o resultado do pleito. “Atos posteriores do presidente [Bolsonaro] foram totalmente voltados a desestimular apoiadores e eleitores de qualquer forma de não reconhecimento da vitória eleitoral do presidente Lula”, disse o advogado Paulo Bueno durante sustentação oral.
A defesa também refutou a existência da chamada “minuta do golpe” e questionou a validade da delação premiada de
Reta final
Nesta terça-feira, a
Além de Jair Bolsonaro, outras sete pessoas são acusadas de integrar o núcleo central do plano de golpe após a derrota nas eleições de 2022:
- Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência);
- Almir Garnier, almirante de esquadra e ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF;
- Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional);
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro;
- Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa;
- Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022.