De acordo com informações da Folha de S. Paulo,
Interlocutores que estiveram com Bolsonaro desde a ordem de prisão, determinada na segunda-feira (4), relataram à Folha a frustração dele com o que descrevem como decisão desproporcional
Segundo um desses relatos, Bolsonaro estava abatido, cansado e chateado, o que gerou preocupação de amigos com seu estado de espírito. Outra fonte, ouvida sob reserva, afirmou que o ex-presidente já aparentava estar um pouco mais tranquilo com a nova condição e sem sinais de depressão.
Crises de soluço
As crises de soluço, que já ocorriam antes da prisão domiciliar, continuam incomodando Bolsonaro. A condição, segundo a Folha, atrapalha seu sono, dificulta a fala e, em alguns momentos, provoca vômitos.
“Voltaram os
“Ele já teve outras crises em pós-operatórios, mas os períodos eram menores”, acrescentou o médico, descartando relação entre o mal-estar e a prisão domiciliar.
Aliados usam o estado de saúde como argumento para tentar evitar que Bolsonaro, caso seja condenado no
Visitas alternadas
Para cumprir as
A
“Entendo que a prisão para ele é uma tortura. Ele gosta de fazer coisas. Não tem o que fazer, ele inventa. Ficar dentro de casa para ele não vai ser fácil. Mas claro que vai criar toda uma rotina, dar banho em cachorro, cuidar da casa, ajudar”, afirmou.
Próxima de
Segundo a Folha, Damares também pediu autorização para visitar o ex-presidente, e amigos têm tentado organizar visitas alternadas para que ele não fique sozinho durante o dia. A permissão para que familiares e aliados o encontrem trouxe alívio, especialmente por causa da presença dos filhos.
Após a decisão de Moraes, o senador
‘Capitão’ triste
O senador Ciro Nogueira (PP), ex-chefe da Casa Civil, foi o primeiro político a visitá-lo. Em vídeo após a visita, disse: “Vi que, apesar de triste, nosso capitão continua inabalável, acreditando no nosso Brasil e confiando em Deus”. No dia seguinte, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ficou quase duas horas com Bolsonaro e declarou que ele estava bem e sereno.
Outros nomes autorizados por Moraes, segundo a Folha, incluem a vice-governadora do DF, Celina Leão (PP), os deputados federais Junio do Amaral (PL), Marcelo Moraes (PL), Luciano Zucco (PL), Domingos Sávio (PL), Joaquim Passarinho (PL), Capitão Alden (PL) e Júlia Zanatta (PL), além do empresário Renato de Araújo Corrêa (PL).
O ministro do STF determinou a prisão por considerar que Bolsonaro descumpriu medidas cautelares ao participar, por videochamada, de um ato no Rio de Janeiro, no qual discursou a apoiadores. Desde então, ele está proibido de usar redes sociais ou telefone e permanece em casa, localizada em um condomínio de alto padrão no Jardim Botânico, em Brasília.