“O meu preço é justiça. E não é só justiça comigo, é com quase 60 milhões de brasileiros que estão dentro de um cativeiro neste momento junto com o presidente Jair Bolsonaro. São pessoas que estão sem ver suas famílias, que estão fora do país e que a única forma de isso acontecer é que se Bolsonaro estiver livre, nas ruas, nas urnas, este é o meu preço”, declarou, em entrevista à Record na noite deste domingo (7).
O pré-candidato ao Palácio do Planalto disse que não vai retirar seu nome da corrida se não houver o que considera “justo”, e que o lançamento de seu nome “vem para esquentar de novo o coração do brasileiro” frente a uma disputa com a esquerda, que deve ser representada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas. “Eu só vou parar no dia da vitória”, frisou Flávio.
Também cotado à Presidência, Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, que tem dito que concorrerá à reeleição, foi um dos primeiros a ser avisado, segundo Flávio, da empreitada do senador. “Tarcísio é uma peça fundamental”, apontou.
“Bolsonaro mais centrado”
Em coletiva de imprensa na manhã deste domingo, Flávio disse que terá a possibilidade de mostrar que é um “Bolsonaro diferente”. “Um Bolsonaro muito mais centrado, um Bolsonaro que conhece a política, que conhece Brasília, um Bolsonaro que realmente vai querer fazer uma pacificação nesse país”, disse o senador.
“Assim como o mercado, eu também tenho a convicção de que mais quatro anos o Brasil não aguenta. Só que eles (o mercado) fazem uma análise precipitada. A partir de agora eu tenho a possibilidade, com essa exposição e a cobertura da imprensa, de mostrar um Bolsonaro diferente, um Bolsonaro muito mais centrado, que conhece a política, que conhece Brasília e que realmente vai querer fazer uma pacificação nesse país”, afirmou.
Em seguida, o senador acusou o governo federal de uso político da máquina pública e de estimular a divisão social: “O que a gente está vendo é o uso da máquina pública para perseguir opositores políticos, para alimentar cada vez mais a discórdia. Quem está sofrendo é o povo na ponta da linha, que não vê perspectiva, que vê as suas liberdades ameaçadas, que não acredita mais na classe política, nem no Judiciário.”