Pela primeira vez,
A empreitada de Romeu Zema à Presidência da República, contudo, poderá garantir-lhe ganhos futuros. Se fizer uma campanha com propostas realistas ancoradas em fatos, se tornará mais conhecido, o que poderá favorecê-lo em futuras eleições. Ao mesmo tempo, Zema poderá ajudar o seu partido a ampliar a bancada federal.
Embora saiba que as condições não lhe favorecem, Zema segue declarando que poderá vencer. Disse, na entrevista: “Em 2018, eu comecei em último lugar, era um total desconhecido, e, à medida que as pessoas conhecem as propostas e o histórico dos candidatos, tudo pode mudar”. Só que 2018 foi o contexto da antipolítica, do discurso antissistema. Depois da pandemia, a chave virou.
Se para Zema isolado na disputa presidencial será baixa a chance de vitória, em Minas, o Novo aposta todas as suas fichas na reeleição de Mateus Simões, que vai assumir o Estado em abril. Há em curso uma articulação com o PL, para que a legenda apoie Mateus Simões, indicando um dos nomes da chapa para o Senado Federal.
Se esse acerto vai se manter, o tempo dirá e dependerá muito do desempenho de Mateus Simões nas pesquisas de intenção de voto. De certo, é que em política, como dizia Tancredo Neves, para a vitória só há explicação. Mas para as derrotas, só há culpados.