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Aos 37 anos, mãe de três filhos, Patrícia tem trajetória marcada pelo empreendedorismo. Nascida em Bodocó, no sertão de Pernambuco, ela chegou há 16 anos a Marituba, onde começou vendendo utensílios de plástico em feiras livres. Eleita prefeita pela primeira vez em 2020, ela foi reeleita em 2024 com 71,36% dos votos válidos.
“Traída”
Em entrevista ao g1 publicada na última sexta-feira (6), Patrícia afirmou que se sentiu “extremamente violada” com a publicação do vídeo sem autorização. “Porque esse vídeo foi há 15 dias, em Instagram privado, onde escolhi os seguidores a dedo e onde mostro momentos da Patrícia longe do trabalho, nada envolvendo meu profissionalismo, e eu fui traída por uma pessoa que estava nesse perfil”, afirmou.
De acordo com a gestora, as imagens foram divulgadas em perfil privado do Instagram com cerca de 185 seguidores. Depois, alguém gravou a tela e compartilhou o vídeo sem autorização. Com a repercussão, ela chegou a publicar as imagens em seu perfil principal e reagiu às críticas: “mulher pode ser trabalhadora, mãe e bonitinha”. “Égua do machismo, evoluam”, disparou.
“Corpo de mulher incomoda mais que a corrupção”
Patrícia disse ainda, sobre a repercussão, que a sociedade é “machista, preconceituosa” e que isso ainda está “vivo nos dias de hoje”. “Mulheres precisam praticar a empatia, porque infelizmente uma boa parte dos comentários são de mulheres. É um momento de união, onde a gente precisa debater a violência de gênero na política”, pontua.
Ainda em entrevista ao g1, a prefeita afirmou que “o corpo de uma mulher incomoda mais do que a corrupção, a ineficiência ou o descaso na política”. “Quando um homem se diverte ou relaxa, é visto como autêntico. Mas, quando se trata de uma mulher, ela é julgada, como se isso anulasse sua competência”, concluiu.