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Lei Magnitsky: entenda norma dos EUA que pode ser usada contra Alexandre de Moraes

Regra que pode ser usada pelo governo Trump contra ministro do STF foi sancionada pelo ex-presidente Barack Obama

O ministro Alexandre de Moraes, do STF

Sancionada em 2012 pelo então presidente dos Estados Unidos Barack Obama, a Lei Magnitsky foi aprovada pelo Congresso norte-americano com objetivo de punir autoridades de outros países que são considerados violadores dos direitos humanos.

A lei prevê medidas como o bloqueio de bens financeiros em solo norte-americano e a proibição de entrada no país.

Nesta quarta-feira (21), o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que há uma “grande chance” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ser enquadrado na Lei Magnitsky e sofrer as punições previstas na norma.

Como surgiu a Lei Magnitsky?

A lei, conhecida também como a revogação Jackson-Vanik da Rússia e Moldávia, foi aprovada com apoio dos dois partidos dos EUA - Republicanos e Democratas - como forma de punir autoridades russas que seriam responsáveis pela morte do advogado tributária russo Sergei Magnitsky.

O advogado morreu em uma prisão de Moscou, em 2009, após investigar uma denúncia de fraude envolvendo autoridades russas. O esquema investigado movimentava, segundo suas investigações, mais de US$ 230 milhões.

Na prisão, Magnitsky teve vários problemas de saúde e não recebeu o tratamento médico adequado. Houve também denúncias de que ele foi espancado na cadeia.

O caso veio à tona com uma denúncia de Bill Browder, um empresário norte-americano amigo de Magnitsky. Browder apresentou o caso aos senadores Benjamin Cardin e John McCain, que propuseram a legislação.

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Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.