Ouvindo...

STF julga nesta sexta prisão de Collor por corrupção e lavagem de dinheiro

O julgamento, que terá a participação dos 11 ministros da Corte, começa às 11h; há possibilidade de adiamento caso algum magistrado solicite vista do processo

Fernando Collor foi senador por Alagoas, seu último cargo público

O Supremo Tribunal Federal (STF) decide nesta sexta-feira (25), em sessão no plenário virtual, se mantém ou revoga a ordem de prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes na noite da última quinta-feira (24). Collor foi preso durante a madrugada em Maceió (AL), após ter os últimos recursos rejeitados pelo ministro, que considerou os pedidos da defesa meramente protelatórios.

O julgamento, que terá a participação dos 11 ministros da Corte, começa às 11h e segue até as 23h59. Há possibilidade de adiamento caso algum magistrado solicite vista do processo.

A prisão é consequência da condenação de Collor a 8 anos e 10 meses de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em ação derivada da Operação Lava Jato. O caso foi julgado pelo STF devido ao foro privilegiado que o ex-presidente possuía à época, quando era senador pelo PTB de Alagoas.

Leia também

A defesa de Collor classificou a decisão como “surpreendente” e manifestou “preocupação” com o desfecho do caso.

O processo aponta que Collor recebeu ao menos R$ 20 milhões em propina entre 2010 e 2014 por intermediar contratos da BR Distribuidora, então ligada à Petrobras. O ex-presidente teria indicado dois diretores da empresa e usado sua influência para beneficiar determinadas companhias, recebendo comissões em troca.

As denúncias foram corroboradas por delações premiadas de figuras centrais da Lava Jato, como o doleiro Alberto Youssef, o empreiteiro Ricardo Pessoa e o auxiliar Rafael Ângulo, que relatou ter entregue dinheiro em espécie diretamente a Collor.

Durante as investigações, a Polícia Federal apreendeu carros de luxo, como uma Ferrari, um Porsche e uma Lamborghini, usados, segundo os investigadores, para lavar dinheiro oriundo de corrupção.

Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio