Como combater o crime organizado é a questão que precisa ser discutida com apoio de especialistas entre governadores e a União, sem a contaminação eleitoreira. Esse é um combate que será feito de forma planejada, , envolvendo uma ação integrada entre União, estados e municípios ou os estados que têm governadores de oposição ao governo federal vão boicotar as iniciativas para um consenso nacional? As facções têm modelos de atuação diferentes. Facções como o Comando Vermelho no Rio, dominam territórios. Já facções como o PCC, alvo da Operação Carbono, estão infiltrados com inteligência nas atividades as mais diversas, como fraudes tributárias na venda de combustíveis, lavagem de dinheiro em fintechs da Faria Lima, motéis, perfumaria. A Operação Carbono se desdobrou em outras operações, foi conjunta entre o governo federal, governo de São Paulo e órgãos parceiros, considerada uma das mais bem sucedidas operações da história.
A cooperação traz bons resultados. Veja o exemplo aqui em Belo Horizonte. A Polícia Federal, em ação conjunta com a Receita Federal, a Receita Estadual de Minas Gerais e Polícia Militar de Minas Gerais, deflagrou nesta quinta a Operação Desbordo que encontrou um prédio de 19 andares e um subsolo, no hipercentro completamente tomados por mercadorias contrabandeadas avaliadas em R$ 50 milhões. Esse prédio sob o nosso nariz está sendo usado dessa forma há quanto tempo?
Os governadores presidenciáveis precisam resistir à tentação eleitoreira de fazer um discurso raso. O combate ao crime organizado exige coordenação e cooperação entre estados. Melhor fazem ajudando a construir, no Congresso Nacional, a PEC da Segurança enviada em abril pelo governo federal e sentando com o governo federal formas de seguir o dinheiro para desbaratar essas organizações criminosas.
 
                 
 
 
 
