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Lula e ministros relembram 61 anos do golpe e fazem alusão ao 8 de janeiro

Em postagens nas redes sociais, políticos condenaram o movimento que resultou no golpe militar de 1964 e fizeram referência com o movimento liderado por apoiadores de Bolsonaro

General Tomás Paiva, comandante do Exército, com o presidente Lula em cerimônia do Dia do Exército, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros do governo usaram as redes sociais para relembrar o dia 31 de março de 1964, quando foi instaurada a ditadura militar no Brasil a partir de um golpe de estado. Além de destacar a importância da democracia, membros do governo aproveitaram a data para condenar a proposta de anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro.

Oficialmente, o governo federal não agendou nenhum evento em alusão a data. Porém, nas redes sociais, Lula ressaltou que “hoje é dia de lembrarmos da importância da democracia, dos direitos humanos e da soberania do povo para escolher seus líderes”. O presidente enfatizou que o Brasil vive há 40 anos sob um regime democrático, fortalecido pela Constituição de 1988, e afirmou que esse caminho deve ser seguido “sem nunca retroceder”.

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Ainda na internet, ministros do Lula aproveitaram os 61 anos do golpe de estado para condenar a tentativa de golpe julgada pelo Supremo Tribunal Federal envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foi o caso da ministra Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais), que criticou a ideia de anistia para os envolvidos nos ataques promovidos no dia 8 de janeiro de 2023 em Brasília.

"É importante recordar esse período nos dias de hoje, em que estão sendo levados a julgamento os comandantes de uma nova tentativa de golpe, incluindo um ex-presidente da República tornado réu”, disse. “A responsabilização penal dos golpistas, na vigência plena do estado de direito e das garantias constitucionais que tentaram abolir, é um dever histórico em defesa da democracia, hoje e para sempre”, completou.

O ministro Rui Costa (Casa Civil) destacou a necessidade de relembrar o golpe para evitar que a história se repita. “Ditadura nunca mais. Democracia sempre. Sem anistia”, declarou. Já o ministro Luiz Marinho (Trabalho) classificou o regime militar como um período de “torturas, assassinatos, desaparecimentos e impunidade”.

O golpe militar de 1964 começou em 31 de março, com uma rebelião liderada pelo general Olímpio Mourão Filho, que culminou na deposição do presidente João Goulart e no início de um período de 21 anos de regime ditatorial no país.

Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio