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Haddad mostra otimismo com inflação e vê margem para corte na Selic

A avaliação do ministro da Fazenda considera a safra recorde estimada e a desvalorização do dólar em relação ao real

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad

A inflação pode surpreender positivamente neste ano. Foi o que afirmou, durante um evento em São Paulo, nesta segunda-feira (24), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A avaliação dele considera a estimativa de safra recorde e a desvalorização do dólar em relação ao real.

Haddad previu ainda uma alta menor dos preços neste ano. Segundo o ministro, a safra recorde e o comportamento cambial vão impedir a manutenção da inflação em patamares elevados. “Eu acredito que nós possamos nos surpreender positivamente com a inflação”, disse.

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Fernando Haddad recordou as dificuldades enfrentadas no ano passado. Ele recordou que as expectativas sobre os cortes de juros nos Estados Unidos não foram efetivadas e comprometeram diversos países. “Isso deu uma desorganizada geral. Todo mundo estava com um planejamento, imaginando uma coisa, mas veio outra e dólar se fortaleceu muito no mundo inteiro”, pontuou. E destacou não acreditar que “essa má surpresa que nós tivemos no ano passado vai se repetir esse ano para o Brasil”. Ambiente será “um pouquinho melhor”, avalia o ministro.

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Selic

Ministro afirmou ainda ver “margem” para corte da Selic ainda em 2025. Ao ser questionado sobre o futuro da taxa básica de juros, Haddad disse ser “constrangedor” a realização de uma projeção. Ainda assim, disse haver razões otimistas para prever uma redução ainda neste ano. “Acredito que vamos ter uma margem de manobra um pouquinho maior do que está sendo previsto”, reforçou.

Yuri Cavalieri é jornalista e pós-graduando em política e relações internacionais. Tem mais de 12 anos de experiência em rádio e televisão. É correspondente da Itatiaia em São Paulo. Formado pela Universidade São Judas Tadeu, na capital paulista, onde nasceu, começou a carreira na Rádio Bandeirantes, empresa na qual ficou por mais de 8 anos como editor, repórter e apresentador. Ainda no rádio, trabalhou durante 2 anos na CBN, como apurador e repórter. Na TV, passou pela Band duas vezes. Primeiro, como coordenador de Rede para os principais telejornais da emissora, como Jornal da Band, Brasil Urgente e Bora Brasil, e repórter para o Primeiro Jornal. Em sua segunda passagem trabalhou no núcleo de séries e reportagens especiais do Jornal da Band.