A Itatiaia conversou nessa quarta-feira (12) com vários deputados estaduais ligados às forças de segurança e questionou os parlamentares sobre o
Serão R$ 50 por dia trabalhado, com a possibilidade de o valor subir para R$ 75 se o profissional tiver atingido metas estipuladas.
A deputada Amanda Teixeira Dias (PL) diz que Zema acertou ao conceder o auxílio. No entanto, ressaltou que serão necessárias novas melhorias. “O governador Zema dá um passo importantíssimo para o reconhecimento do trabalho da melhor polícia militar do Brasil, a PMMG. Diante dos bons resultados da segurança pública em nosso estado, nada mais justo do que atender esse pleito histórico das forças de segurança”, disse a parlamentar. “E nós sabemos que, respeitando os princípios de responsabilidade fiscal, da economicidade, há muito a melhorar”, acrescentou.
Cristiano Caporezzo (PL), por sua vez, com origem na PM, disse que o anúncio de Zema é importante, mas cobrou pela principal pauta dos policiais: o reajuste salarial para recompor as perdas causadas pela inflação.
“Eu sinto essa conquista (auxílio-alimentação) como uma vitória pessoal. Mas eu esperava que ele (Zema) fosse anunciar, pelo menos, a recomposição das perdas inflacionárias referentes ao início do segundo mandato dele até aqui, porque foi uma promessa de campanha. Já estamos indo para o terceiro ano de governo Zema e, até agora, ele não pagou a recomposição”, cobrou Caporezzo.
O presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, deputado Sargento Rodrigues (PL), disse que Zema mais desagradou que agradou com o anúncio.
“Todos achavam que ele iria pagar um auxílio em torno de R$ 1.000, para todas as forças, indistintamente. Você não vê auxílio sendo pago para outros poderes e outros órgãos vinculando metas. Por que, então, para as forças de segurança pública ele quer vincular a meta? Então, isso também desagradou os policiais. Por outro lado, a cobrança principal continua sendo e continuará sendo a recomposição da perda inflacionária”, afirmou Sargento Rodrigues.
Além do auxílio-alimentação, enquanto não ocorre o reajuste salarial na proporção solicitada, os policiais brigam por outro mecanismo que, segundo eles, poderia amenizar as perdas causadas pela inflação e melhorar o salário: a hora extra voluntária remunerada, popularmente conhecida como “bico legal”.
Os parlamentares avaliam que a regularização das horas extras dentro da própria corporação evitaria que muitos policiais fossem obrigados a trabalhar em serviços alternativos, como serviço de aplicativo, segurança em boates ou supermercados.
À Itatiaia, Zema não descartou as negociações e afirmou que pretende avançar com a pauta.