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Caso Marielle: Moraes autoriza saídas de acusado de ser mandante do crime para exercícios físicos

Ministro atendeu a pedido da defesa de Chiquinho Brazão, que alegou necessidade de reabilitação cardíaca

Chiquinho Brazão

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (18) que o ex-deputado Chiquinho Brazão possa sair da prisão domiciliar três vezes por semana para realizar exercícios físicos.

Brazão é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, mortos em 2018, no Rio de Janeiro.

Ele está em prisão domiciliar desde abril, por decisão de Moraes, devido a uma doença arterial coronariana crônica, além de diabetes e hipertensão.

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A autorização foi concedida após a defesa apresentar um laudo médico comprovando a necessidade do tratamento para uma “reabilitação cardíaca”.

“Desse modo, em se tratando de situação relativa à proteção da integridade física e saúde do requerente, defiro o pedido formulado e autorizo a realização de exercícios físicos por João Francisco Inácio Brazão, em seu condomínio residencial, com frequência mínima de três vezes por semana, conforme orientação médica”, afirmou Moraes em sua decisão.

Além do uso de tornozeleira eletrônica, Brazão segue proibido de utilizar redes sociais, conceder entrevistas, receber visitas ou se comunicar com outros investigados.

Ao conceder a prisão domiciliar, Moraes classificou o caso como uma situação “excepcional”, justificando a chamada “prisão domiciliar humanitária”.

O processo está em fase final de tramitação, mas ainda não há data definida para julgamento no STF.

Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.