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Exército de Israel diz que Autoridade Palestina criou o ‘maior foco de terror do mundo’

Porta-voz do exército israelense recordou retirada de Israel da Faixa de Gaza em 2005 ao ser questionado sobre a criação de um Estado para os palestinos.

Rafael Rozenszajn, porta-voz do Exército de Israel

O porta-voz do Exército de Israel, Rafael Rozenszajn disse que a retirada israelense de Gaza em 2005 cirou o ‘maior foco de terror do mundo’ ao comentar sobre a possibilidade de criação de um Estado palestino. A declaração foi concedida à repórter e colunista da Itatiaia, Edilene Lopes, nesta quinta-feira (18).

Questionado sobre a discussão da criação de um Estado Nacional para a Palestina na 80ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), prevista para a próxima semana em Nova York, ele relatou não poder comentar o evento devido a sua filiação militar. Ainda assim, Rozenszajn externou sua ideia sobre a atuação palestina na região.

“É uma questão que tem um viés político muito forte. Logicamente, eu não posso responder essa questão, mas eu vou te dizer o seguinte: em 2005, Israel deixou a Faixa de Gaza, nós entregamos a Faixa de Gaza para a Autoridade Palestina. E o que recebemos nesses 18 anos que o Hamas tomou o controle da Faixa de Gaza? Recebemos 30 mil foguetes, 500 quilômetros de túneis subterrâneos, o ataque do 7 de outubro com mais de mil pessoas assassinadas, 251 reféns, mulheres estupradas, bebês queimados, 20 comunidades invadidas”, afirmou.

Veja a entrevista completa:

Rozenszajn também defendeu que não há um genocídio em curso em Gaza. Para o israelense, autoridades palestinos inflam os números de mortos durante o conflito que completa dois anos em outubro. Sobre a possibilidade da criação de um Estado Palestino, ele reiterou: “Quando nós entregamos o território para a Autoridade Palestina, em vez de criarem um Estado, criaram o maior foco de terror do mundo”.

Na última terça-feira (16), um relatório independente encomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu que Israel cometeu genocídio em Gaza. O documento aponta que aos palestinos estão sendo impostas “condições de vida calculadas para provocar sua destruição física total ou parcial”.

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Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.