Em solenidade no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros anunciaram os resultados da seleção de propostas do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com foco em prevenção de desastres, drenagem urbana e contenção de encostas. Ao todo, cerca de 235 municípios brasileiros serão beneficiados, com investimentos que somam aproximadamente R$ 25 bilhões.
As portarias assinadas durante a cerimônia preveem recursos para diferentes frentes. O ministro das Cidades, Jader Filho, destacou que o programa de drenagem urbana alcançará 275 municípios em 26 estados, com investimentos de R$ 10,3 bilhões. Segundo ele, o critério de seleção foi “técnico e republicano”, sem distinção partidária: “Aqui ninguém olhou de que partido era o prefeito ou o governador. O que pesou foi a necessidade da população e a resiliência das cidades”.
Já o ministro da Casa Civil, Rui Costa, ressaltou a retomada das obras de contenção de encostas, área que, segundo ele, ficou sem investimentos federais por quase uma década. O programa beneficiará 102 municípios em 20 estados, com aporte de R$ 1 bilhão. Costa relembrou experiências pessoais para destacar a urgência das obras: “Nasci em um morro que desabou. Sei o medo que uma mãe sente quando começa a chover forte e não sabe se vai acordar com a casa de pé”.
O presidente Lula também se dirigiu aos prefeitos e representantes municipais presentes. Ele criticou o governo anterior, afirmando que “o país não foi governado, mas quase destruído”, e defendeu a condução republicana dos investimentos: “A gente não olha a cor da bandeira do partido do prefeito, nem o time que ele torce. Olhamos a qualidade do projeto e a necessidade do povo”.
Durante o evento, foram mencionados os R$ 6,5 bilhões destinados à reconstrução do Rio Grande do Sul após as recentes tragédias climáticas, valor semelhante ao que o governo anterior havia reservado para todo o país em prevenção no orçamento de 2023.
A cerimônia também deu espaço a depoimentos populares. Tia Rosa, liderança comunitária de São Bernardo (SP), relatou a luta de famílias que vivem em áreas de risco. Lula usou a história dela para reforçar a necessidade de garantir dignidade às populações periféricas: “Os pobres são invencíveis, mas não podem ser obrigados a viver em áreas que se transformam em símbolos de morte”.
Com os novos investimentos, o governo aposta em reforçar a resiliência das cidades brasileiras diante de desastres naturais,
