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No comunicado, a entidade reafirma a importância do trabalho investigativo, mas destaca que a atividade mineradora “tem papel estruturante” para o estado e para o Brasil, sendo responsável pela “geração de milhares de empregos diretos e indiretos”.
A ação cumpriu 22 ordens de prisão temporária e 79 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte e em outras cidades mineiras. Além disso, a Justiça Federal determinou o sequestro e bloqueio de bens avaliados em R$ 1,5 bilhão.
O principal alvo da operação é Alan do Cavalcante do Nascimento, apontado como líder da organização criminosa. Ele seria responsável por decisões estratégicas, movimentações financeiras e articulações com servidores públicos envolvidos no esquema.
O grupo, segundo as investigações, movimentava valores bilionários por meio de empresas de fachada, pagamento de propina a servidores e concessão irregular de licenças ambientais.
De acordo com a PF, o esquema também contava com a participação de servidores estratégicos para o serviço público, incluindo:
- Rodrigo Gonçalves Franco, presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), acusado de conceder licenças fraudulentas, manipular pareceres técnicos e cobrar propina;
- Leandro César Ferreira de Carvalho, ex-gerente regional da Agência Nacional de Mineração (ANM) em Minas. Mesmo afastado do cargo, a polícia acredita que ele continuava fornecendo informações privilegiadas e antecipando decisões em benefício da organização criminosa.
A Fiemg, em nota, defendeu o direito à ampla defesa dos citados na investigação e a responsabilização apenas mediante a apresentação de provas consistentes, que respeitem o devido processo legal.
A entidade também defendeu a derrubada dos vetos do presidente Lula (PT) à Lei Geral do Licenciamento Ambiental. O texto, aprovado em julho pelo Congresso sob críticas de ambientalistas, foi