O governo de Luiz Inácio Lula da Silva promoveu para esta quarta-feira (8) um ato que relembra os 2 anos dos ataques de 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes em Brasília foram invadidas e depredadas.
Autoridades participaram de uma solenidade no Salão Nobre do Palácio, que começou com a ministra da Cultura, Margareth Menezes, cantando o Hino Nacional.
A primeira a discursar foi a deputada Maria do Rosário, do PT do Rio Grande do Sul, que é segunda secretária da Câmara dos Deputados e representou a Casa. Ela disse que o evento era importante para reafirmar que o país nunca mais aceitará ditaduras e defendeu que os Três Poderes não podem ser “lenientes” ou esquecer os que tentaram dar um golpe de estado.
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Na sequência, o primeiro vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo, do MDB da Paraíba, declarou que o ato não era partidário e destacou que o 8 de janeiro precisa ser relembrado para ajudar os brasileiros que ainda acreditam que a ditadura é melhor que a democracia.
Já o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Edson Fachin, leu uma mensagem do presidente da Corte, Luís Roberto Barroso.
No texto, o ministro afirma que o 8 de janeiro foi um “desencontro político e espiritual com a índole do povo brasileiro” e afirmou que há uma narrativa falsa de que “enfrentar o extremismo e o golpismo” constituiria autoritarismo.
Discurso de Lula
Em sua fala, Lula lembrou que o suposto plano de golpe de estado envolvia o seu assassinato, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, e chamou os responsáveis de “aloprados”.
Depois, o presidente relembrou a queda no Palácio da Alvorada
Lula disse ainda que a democracia venceu, mas que ela é uma obra em construção e só será plena quando as desigualdades sociais forem reduzidas. Ele também cobrou a responsabilização dos envolvidos nos atos, mas com amplo direito de defesa.