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8 de janeiro: Relógio do século 17 destruído é apresentado no Planalto após restauração

Obra histórica do francês Balthazar Martinot é uma das 22 peças que foram reintegradas ao acervo da Presidência da República

Relógio do século 17 sendo destruído durante o 8 de janeiro

O relógio do século 17 destruído durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 foi reintegrado ao acervo da Presidência da República nesta quarta-feira (8). A peça é uma das 22 obras restauradas e que foram apresentadas durante o evento para relembrar os dois anos dos ataques às sedes dos Três Poderes.

A cerimônia, batizada de “Restauração e Democracia”, foi aberta com um discurso da primeira-dama Janja, que mencionou a importância da defesa da democracia.

“Diante da destruição das obras de arte, nós colocamos a tarefa de restaurar o Palácio como símbolo da força do nosso compromisso com a democracia. Em cima dessas lágrimas [dos trabalhadores do Planalto] essa reconstrução se fez. Nada é maior do que a vontade do povo brasileiro de permanecer livre e com plenos direitos. Arte e liberdade são inseparáveis”, declarou.

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A obra do famoso relojoeiro francês Balthazar Martinot foi restaurada pela Suíça, sem custos para o governo brasileiro. O relógio veio para o Brasil em 1808, junto com Dom João VI e a corte portuguesa, e foi quebrado por Antônio Cláudio Alves Ferreira durante a invasão ao Palácio do Planalto.

Em junho de 2024, Ferreira foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 17 anos de prisão pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano contra o patrimônio da União.


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Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.