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Audiência com representantes da PBH e do governo federal detalha projeto no antigo aeroporto Carlos Prates

Previsão é que modelagem econômica, que definirá formas de financiamento do novo bairro, ficará pronta em seis meses

A reunião foi acompanhada por dezenas de pessoas que ocuparam mais de cinco auditórios, os corredores a portaria da CMBH

Uma audiência pública realizada nesta segunda-feira (16) na Comissão de Meio Ambiente, Defesa dos Animais e Política Urbana da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) discutiu a utilização do terreno onde funcionava o antigo Aeroporto Carlos Prates, na região noroeste da capital.

A reunião foi acompanhada por dezenas de pessoas que ocuparam mais de cinco auditórios, os corredores da CMBH e a porta da Casa Legislativa. Muitas delas eram parte de movimentos por moradia da região do Carlos Prates. A grande presença de pessoas foi, inclusive, motivo de atraso no início do início da reunião.

Participaram do encontro o deputado federal Rogério Correia (PT), o vereador Bruno Pedralva (PT), o Secretário adjunto de política urbana, Pedro Maciel – representante da Prefeitura de Belo Horizonte, a Superintendente de Patrimônio da União em Minas Gerais, Lorhany Almeida – representante do governo federal, entre outras figuras.

A reunião apresentou detalhamentos do projeto para o novo bairro, que terá equipamentos de uso misto (residencial e comercial), comercial e institucional – equipamentos públicos, como upas e escolas de ensino infantil e fundamental. O parque Maria do Socorro, inaugurado no último fim de semana, está sendo reformado no terreno e já teve partes entregues.

“As unidades de saúde são uma reivindicação antiga da região noroeste, e a UBS e a UPA já estão com as obras em andamento. Vai ser fundamental. Também teremos unidades de educação em tempo integral. Zema e Bolsonaro queriam vender o terreno, mas o presidente Lula não deixou”, disse Rogério Correia.

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Governo federal

A Superintendente de Patrimônio da União em Minas Gerais, Lorhany Almeida, que representou o governo Lula (PT) no encontro, apresentou, na reunião, o projeto de entrega de terrenos públicos para a construção de moradias. Ela também detalhou a parceria entre a pasta e a prefeitura de BH.

“A gente sai de uma lógica do governo Bolsonaro, de vender tudo para a iniciativa privada, e entrega esse terreno para casas populares”, disse. “O novo bairro já é uma realidade. Já temos a construção de equipamentos públicos. Não tem como voltar atrás”.

O que diz a PBH

Representante da Prefeitura de Belo Horizonte, o Secretário adjunto de política urbana, Pedro Maciel, disse que o novo bairro será importante para integrar e desenvolver a região.

“É uma parceria entre PBH e governo federal. Ali é uma área já consolidar e bem servida de infraestrutura. Conseguimos estudar a região e ver que ela conseguia receber mais moradias. A área como é hoje é uma grande barreira para a integração de todos os bairros da região”.

A meta é que, em seis meses, a modelagem econômica, que vai definir o financiamento e custeamento do projeto, esteja pronta.

Novo bairro

O novo bairro terá 4.500 unidades habitacionais, um centro de saúde, uma UPA, escolas, entre outros estabelecimentos de interesse público. 70% das moradias deverão ser de interesse social e os outros 30% de comércio livre.

No momento estão sendo construídos no local um Centro de Saúde e uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Os outros projetos, entre eles o da construção das moradias, terão andamento a partir da obtenção das licenças ambientais.

Atualmente são feitos os moldes de modelagem econômica para encontrar meios de financiar o projeto. O bairro contará com recursos públicos – federais e municipais – e Parcerias Público Privadas.


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Graduado em jornalismo e pós graduado em Ciência Política. Foi produtor e chefe de redação na Alvorada FM, além de repórter, âncora e apresentador na Bandnews FM. Finalista dos prêmios de jornalismo CDL e Sebrae.