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Em julgamento de lei mineira sobre Covid-19, Moraes critica quem chamou doença de ‘gripezinha’

Sem citar nomes, ministro lembrou de argumentos anti-vacina, como um citado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que insinuava que quem tomasse o imunizante poderia “virar jacaré”

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou uma lei de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, que proibia a vacinação obrigatória contra Covid-19 e sanções contra quem não se vacinasse. Durante o julgamento da ação nesta quarta-feira (6), o ministro Alexandre de Moraes criticou quem classificou a doença como uma simples “gripezinha”.

“Nós não estamos falando, como foi dito à época por alguns, de uma gripezinha. Estamos falando de uma pandemia mundial que mais de 700 mil brasileiros morreram”, disse o ministro, completando:

“O Brasil foi o segundo país do mundo em números absolutos com maior número de mortes. Não por acaso, o primeiro, à época, foram os Estados Unidos, porque lá, como aqui, de início, houve um negacionismo governamental no combate à Covid.”

Sem citar nomes, Moraes lembrou de argumentos anti-vacina, como um citado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que insinuava que quem tomasse o imunizante poderia “virar jacaré".

“Com muitos argumentos, como quem tomar vacina vira jacaré era um dos efeitos colaterais da vacinação… o outro, que as redes sociais muito divulgaram, que, na verdade, a pandemia era uma conspiração chinesa para instalar na vacina um chip e o Brasil virar comunista.”

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Lei de Uberlândia
A norma, que havia sido suspensa em decisão liminar do ministro Luís Roberto Barroso em abril de 2022, teve sua nulidade confirmada por unanimidade pelos demais ministros em sessão nesta quarta-feira (6).

A constitucionalidade da lei de Uberlândia foi questionada pelo partido Rede Sustentabilidade.

No julgamento, os ministros seguiram o entendimento de Barroso de que a Corte já reconheceu a legitimidade da vacinação compulsória.

Ficou compreendido ainda que casos sobre proteção da saúde devem seguir os princípios da prevenção e que a norma questionada vai contra o consenso médico-científico.


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É jornalista formado pela Universidade de Brasília (UnB). Cearense criado na capital federal, tem passagens pelo Poder360, Metrópoles e O Globo. Em São Paulo, foi trainee de O Estado de S. Paulo, produtor do Jornal da Record, da TV Record, e repórter da Consultor Jurídico. Está na Itatiaia desde novembro de 2023.
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