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Lula volta a criticar Netanyahu e condena ataques de Israel ao Líbano

Presidente brasileiro lembrou que primeiro-ministro israelense está “condenado da mesma forma” que o presidente da Rússia, Vladimir Putin

O presidente Lula durante coletiva de imprensa em Nova York (EUA)

Nova York* e Brasília — O presidente Lula (PT) voltou a criticar o governo de Israel pelo que classifica como “genocídio” que vem acontecendo em conflitos militares na Faixa de Gaza e, mais recentemente, no Líbano. O brasileiro disse que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu está “condenado da mesma forma” que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pelo Tribunal Penal Internacional. O governo russo promove uma guerra com a Ucrânia desde 2022.

“Os países que dão sustentação aos discursos do primeiro-ministro Netanyahu precisam começar a fazer um esforço maior para que esse genocído pare. (...) Eu condeno de forma veemente esse comportamento do governo de Israel, porque eu tenho certeza que a maioria do povo de Israel não concorda com esse genocídio.”

Em maio, o TPI pediu mandado de prisão contra Netanyahu por crimes de guerra e contra a humanidade em Gaza.

O conflito entre Israel e Líbano chegou ao terceiro dia seguido nesta quarta-feira (25). Ao menos 569 pessoas foram mortas e 1,8 mil ficaram feridas desde segunda-feira, segundo o governo libanês. O número inclui ao menos 50 crianças e 94 mulheres, segundo o levantamento de organizações de direitos humanos.

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Mais cedo, Lula defendeu uma reforma da carta de criação da Organização das Nações Unidas (ONU), assinada no dia 26 de junho de 1945. Segundo Lula, as regras antigas, de quando a ONU tinha apenas 51 membros, já não contemplam mais a realidade atual de seus 193 integrantes.

Na abertura do encontro, Lula propôs uma nova assembleia constituinte para reformulação das regras da ONU. A proposta, apresentada aos embaixadores dos países que compõe o G20, é feita com base no artigo 109 da ONU, que diz que, caso haja aprovação de dois terços dos países membros e de todos os membros permanentes do Conselho de Segurança, a carta de 1945 poderá ser alterada.


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Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.
Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.