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Dia D para a ‘Rodovia da Morte': governo Lula saberá nesta 2ª se existem propostas para concessão da BR-381

Tentativa de conceder a BR-381 já fracassou por três vezes entre 2017 e 2023

Leilão da rodovia mineira está marcado para quinta-feira (29), mas depende do recebimentos de propostas

A concessão da BR-381, entre Belo Horizonte e Governador Valadares, trecho que ganhou apelido de “Rodovia da Morte” pelo alto índice de cidades com mortes, terá momento decisivo a partir desta segunda-feira (26), dia que representantes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) irão até a Bolsa de Valores conferir se houve oferta de propostas para a BR-381. Caso não tenha nenhuma empresa interessada, o leilão será declarado “deserto” novamente.

Marcado para quinta-feira (29), na Bolsa de Valores de São Paulo, o leilão será a quarta tentativa do governo federal de entregar a responsabilidade de duplicar a rodovia mineira para a iniciativa privada. A tentativa de conceder a BR-381 já fracassou por três vezes entre 2017 e 2023.

Ao todo, entre investimentos e operação, a obra na BR-381 prevê gastos de mais de R$ 10 bilhões. Serão construídas 5 praças de pedágios, com valores que variam de R$ 11 a R$ 15.

Após o último fracasso, em leilão no final de 2023, o governo federal alterou o projeto e reduziu o trecho da BR-381 em que a empresa que assumir a estrada ficará responsável pelas obras de duplicação.

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O trecho que foi retirado do projeto, entre BH e Caeté, foi dividido em dois editais e ficará sob responsabilidade do poder público. A obra, no entanto, já enfrenta incertezas e atrasos. Um dos editais (8A) foi publicado, mas o segundo edital (8B), considerado mais difícil pelo alto número de desapropriações necessárias, foi prometido para agosto, mas ainda não tem data para ser lançado.

Para a parte mais complexa da obra, o governo federal espera avançar até o final do ano com as negociações sobre a desapropriação de moradores às margens da rodovia.


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Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.