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MG quer usar Regime de Recuperação Fiscal como ‘transição’, diz secretário de Zema; entenda

Para Gustavo Valadares, adesão ao RRF deve ser aprovada para evitar que o Estado tenha que pagar dívida bilionária com a União

Secretário de Governo, Gustavo Valadares, falou sobre necessidade de aprovação do Regime de Recuperação Fiscal

O Governo de Minas quer usar o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) como uma espécie de transição até que o projeto de lei de refinanciamento das dívidas dos Estados com a União seja aprovado no Congresso e regulamentado pelo governo federal. Essa é a garantia do secretário de Estado de Governo, Gustavo Valadares. O projeto, que tramita na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) desde 2019 — durante o primeiro mandato do governador Romeu Zema (Novo) — tem votação marcada para esta segunda-feira (15).

Após cinco anos, Regime de Recuperação Fiscal vai à votação em plenário na ALMG

Em entrevista à Itatiaia, Valadares voltou a elogiar a proposta assinada pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD), mas defende que o Regime precisa ser aprovado na Assembleia caso o Supremo Tribunal Federal (STF) não conceda mais prazo para que o Estado retome o pagamento das parcelas do débito.

“Vamos usá-lo [o Regime de Recuperação Fiscal] como transição até o projeto do Rodrigo Pacheco [ser aprovado]. Em vez de pagarmos R$ 8 bilhões no início da próxima semana, vamos pagar, até o fim do ano, R$ 2 bilhões e, no ano que vem, mais R$ 5 bilhões. Se não aderirmos ao Regime, no ano que vem são R$ 22 bilhões, coisa que a gente não tem”, afirmou o secretário do governo de Romeu Zema.

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Zema conversou com Fachin

O governador conversou, na manhã desta segunda-feira (15), com o relator do processo no STF, ministro Edson Fachin, pedindo por uma decisão que garanta maior prazo ao Governo de Minas. Decisão de abril do ministro Nunes Marques impôs a data de 20 de julho para a resolução do problema. O governo federal, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao STF, no mesmo processo, que Minas Gerais retome o pagamento imediato da dívida.

“O ministro é muito correto, responsável, entendeu nossas razões. Nós deixamos claro que não tem razão para não termos essa prorrogação porque o credor não terá nenhum prejuízo. Minas Gerais já se comprometeu a cumprir as parcelas como se estivessemos no Regime de Recuperação Fiscal”, contou.

“A expectativa é de que ele decida de hoje para amanhã", completou Valadares.


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Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.