Empresas investigadas na operação As Built terão contratos rescindidos pela PBH

O superintendente adjunto da Sudecap afirmou que as investigações começaram após representação da própria autarquia por possíveis irregularidades

O superintendente participou, nesta quarta-feira, na Comissão de Administração Pública e Segurança Pública da CMBH.

O superintendente adjunto da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Diogo Carreiro Lima, afirmou, nesta quarta-feira (17), que a prefeitura de Belo Horizonte irá romper os contratos com as empresas investigadas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e pela Polícia Civil (PCMG) na operação batizada de “As Built”. A declaração foi dada na Câmara Municipal (CMBH) em audiência pública.

De acordo com ele, em paralelo à abertura do processo administrativo, está sendo feito o procedimento de quebra de contrato. Segundo o superintendente, a prefeitura ainda faz “o levantamento de quantitativos residuais” para a finalização das obras em andamento, para que sejam feitas novas licitações.

A operação, deflagrada em novembro, mira possíveis crimes de fraude em licitações e contratos administrativos, corrupção ativa e passiva, além de atos de improbidade administrativa contra a Sudecap.

Foram cumpridos vinte mandados de busca e apreensão em diversos endereços vinculados aos investigados, com autorização da Justiça.

Segundo o MP, as apurações começaram a partir de uma representação enviada pela própria Sudecap, que identificou indícios de irregularidades na execução de obras públicas em contratos celebrados entre 2021 e 2022, o que foi confirmado pelo superintendente.

Leia também

Aos vereadores, ele explicou que a autarquia recebeu denúncias, fez apurações internas e apresentou o caso aos órgãos responsáveis.

Diogo Carreiro Lima credita à nova gestão, que assumiu no início deste ano, a criação do que ele chama de um “ambiente favorável” para a denúncia de irregularidades.

Conforme confirmado pelo superintendente, desde que o MPMG iniciou a investigação, a Sudecap paralisou as obras, afastou servidores e iniciou medidas administrativas internas para avaliar o grau de envolvimento das empresas denunciadas.

O representante da Superintendência afirmou que as diligências, para evitar possíveis crimes, como apontados pela operação da PCMG e do MPMG, seguem acontecendo internamente na autarquia.

Graduada em Jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais, com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia, já foi produtora de programas da grade e repórter da Central de Trânsito Itatiaia Emive.

Ouvindo...