O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou nesta segunda-feira (8) o sigilo do caso relacionado às investigações sobre o recebimento e negociação de joias pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus emissários. Trata-se de uma investigação sobre o recebimento de joias presenteadas pelo governo da Arábia Saudita ao brasileiro. Essas peças teriam sido negociadas nos Estados Unidos por emissários de Bolsonaro.
Pela decisão,
O ex-presidente foi indiciado pela Polícia Federal na última quinta-feira (4) pelos crimes de apropriação de bem público, lavagem de dinheiro e associação criminosa no chamado inquérito das joias.
A investigação começou em março de 2023. Um kit de joias foi retido na alfândega do Aeroporto de Guarulhos (SP) por não ter sido declarado. Os itens estavam em uma bagagem de um assessor do Ministério de Minas e Energia.
Vale lembrar que um indiciamento é uma fase ainda preliminar.
Moraes deve encaminhar o relatório para a Procuradoria-Geral da República (PGR), que vai analisar os dados. Cabe à PGR a análise do relatório e se vale apresentar denúncia.
Além do ex-presidente, outras 11 pessoas foram indiciadas no inquérito. São elas:
- Bento Albuquerque - almirante de esquadra e ex-ministro de Minas e Energia;
- Fabio Wajngarten - advogado e ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República;
- Frederick Wassef - advogado do ex-presidente;
- José Roberto Bueno Júnior - militar que enviou ofício para reaver joias;
- Julio Cesar Vieira Gomes - ex-secretário da Receita Federal;
- Marcelo Costa Câmara - ex-assessor do ex-presidente;
- Marcelo da Silva Vieira - chefe do Gabinete de Documentação Histórica da Presidência da República;
- Marcos André dos Santos Soeiro - ex-assessor do Ministério de Minas e Energia;
- Mauro Cesar Barbosa Cid - coronel e ex-ajudante de ordens da Presidência da República;
- Mauro Cesar Lourena Cid - pai de Mauro Cid;
- Osmar Crivelatti - ex-assessor de Jair Bolsonaro.