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Gilmar defende decisão do STF por descriminalização do porte de maconha: ‘Questão de saúde’

Decano da Corte lembrou que julgamento era referente a constitucionalidade de trecho da Lei de Drogas

Lisboa – O Supremo Tribunal Federal (STF) não invade a competência do Congresso Nacional ao analisar a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. É o que diz o ministro Gilmar Mendes. Para o decano da Corte, o STF analisa a constitucionalidade de lei.

“O que nós estamos examinando é a constitucionalidade da lei, especialmente o artigo 28 da Lei de Drogas. (…) Isso já ocorreu em várias cortes do mundo e agora ocorre no Brasil”, disse Gilmar a jornalistas durante o 12º Fórum de Lisboa, nesta quarta-feira (26).

“Não se trata de uma liberação geral para recreio, é enfrentar droga como doença que precisa de tratamento. É, antes de tudo, um problema de saúde”, completou o ministro do STF.

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A decisão do Supremo Tribunal Federal enfrenta resistências no Congresso Nacional e na presidência da república. Hoje, em entrevista ao portal UOL, o presidente Lula disse o que STF ‘não deve se meter em tudo’, e defendeu uma decisão técnica, embasada na opinião de médicos e cientistas, sobre a questão das drogas no Brasil.

Ontem, logo após o STF formar maioria pela descriminalização do porte de maconha, o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) também reagiu. “ Eu discordo da decisão que sustenta o STF, já falei mais de uma vez a respeito desse tema. Eu considero que uma descriminalização só pode se dar através do processo legislativo. A discussão pode ser feita, mas há caminhos próprios para isso”, disse.

Outra reação ao julgamento do STF veio da Câmara dos Deputados, presidida por Arthur Lira (PP-AL), que decidiu criar uma Comissão Especial que irá debater a PEC das Drogas, aprovada pelo Senado neste ano. A proposta altera a Constituição Federal para determinar que é crime a posse ou o porte de qualquer quantidade de drogas.


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É jornalista formado pela Universidade de Brasília (UnB). Cearense criado na capital federal, tem passagens pelo Poder360, Metrópoles e O Globo. Em São Paulo, foi trainee de O Estado de S. Paulo, produtor do Jornal da Record, da TV Record, e repórter da Consultor Jurídico. Está na Itatiaia desde novembro de 2023.
Repórter da Rádio Itatiaia em Brasília atuando na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas Gerais, já teve passagens como repórter e apresentador pela Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor do prêmio CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio.
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