O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, colocou os técnicos do ministério à disposição do Senado Federal para encontrar uma alternativa para compensar a queda de arrecadação federal com a continuidade, em 2024, da desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia e prefeituras. O discurso foi feito, na noite desta terça-feira (11), depois que o presidente do Congresso Nacional,
Em conversa com jornalistas, na noite de terça-feira (11), Haddad admitiu que o governo não tem um plano B. “Nós não temos. Nós estamos preocupados porque nós identificamos fraudes nas compensações de PIS/Cofins. Então, nós vamos ter que construir uma alternativa de combate às fraudes. Estou conversando com líderes para ver se a gente encontra um caminho”, destacou o ministro.
Haddad revelou que a possibilidade de devolução da MP foi discutida na segunda-feira (10), em reunião entre Pacheco e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ministro disse que o uso indevido da compensação de PIS/Cofins gera um impacto de R$ 25 bilhões aos cofres da União.
Após essa nova derrota no Congresso Nacional, o governo vai dialogar com líderes partidários para construir uma solução. “Agora, teve essa devolução, teremos que sentar com o Congresso Nacional, como fizemos com tudo. Primeiro é apresentado os números. Porque os deputados e senadores precisam ter clareza do quanto a arrecadação está perdendo em função de fraude, ou de uso indevido da compensação”, disse Haddad.
O ministro afirmou ainda que a solução para compensar as perdas da desoneração da folha não será por uma nova MP. “Sempre dá para buscar uma solução. Não será por MP”, destacou Haddad.