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Comissão rejeita emendas para ampliar reajuste de 3,62% a servidores de Minas; saiba próximo passo

Texto voltará ao plenário para votação em primeiro turno nesta quarta-feira (29) em meio a protestos de servidores

Texto voltará ao plenário para votação em primeiro turno nesta quarta-feira (29) em meio a protestos de servidores

A maioria dos integrantes da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) rejeitou, nesta terça-feira (28), emendas que autorizavam o governo do estado a ampliar o reajuste salarial de 3,62% proposto aos servidores públicos do estado.

Apesar da rejeição, emendas como a que permitiria aumento de 4,62% podem ser novamente propostas durante a votação em primeiro turno no plenário – próximo passo da tramitação da proposta. Deve haver reunião plenária na manhã desta quarta-feira (27) para dar sequência ao debate sobre o reajuste.

A comissão analisou mais de 50 emendas ao projeto de reajuste. Os 4,62% propostos – e rejeitados – dizem respeito à inflação final do ano passado. Deputados tentaram, ainda, viabilizar majoração de 5,79% nos vencimentos, em índice correspondente à inflação de 2022.

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Paralelamente, uma terceira emenda foi apresentada, sugerindo aumento de 10,67%, calculados por meio de fórmula que considerou os índices inflacionários dos anos passado e retrasado.

O cunho autorizativo das emendas que ampliam o reajuste faz com que, em caso de aprovação, o governo de Romeu Zema (Novo) tenha de enviar novo projeto para complementar os 3,62%.

A deputada Beatriz Cerqueira (PT), integrante da coalizão de oposição a Zema, defendeu as emendas.

“Esse é o momento em que se discute a questão salarial do servidor. Depois desse projeto, não haverá outra oportunidade, porque o projeto precisa ser de iniciativa do Executivo. A gente não pode ficar calado, sentado, esperando essa estratégia do governo, que não dialoga sequer com nenhuma inflação, ser aprovada aqui sem nenhuma disputa”, disse.

O deputado João Magalhães (MDB), líder de Zema na Assembleia, afirmou que vai comentar a questão a respeito dos reajustes após a sessão plenária desta quarta.

Segurança promete pressão

Em meio à rejeição das emendas, servidores da segurança pública prometem pressionar os deputados nesta quarta em prol de ampliação do aumento salarial.

Segundo o deputado Sargento Rodrigues (PL), não há vedação legal para que o governo conceda a recomposição das perdas inflacionárias.

“Estou apostando que os deputados terão a sensibilidade necessária para, pelo menos, aprovar a inflação de 2022 e 2023”, apontou.

Segundo ele, caso Zema não acate uma eventual majoracao do reajuste, pode haver “reação em cadeia” dos servidores da segurança, com protestos e diminuição do ritmo de trabalho.


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Graduado em Jornalismo, é repórter de Política na Itatiaia. Antes, foi repórter especial do Estado de Minas e participante do podcast de Política do Portal Uai. Tem passagem, também, pelo Superesportes.