A despedida de Mateus Simões do Partido Novo desfalca a legenda de sua principal peça eleitoral para a disputa do próximo ano. Vice-governador de Minas, ele será o titular do cargo quando os eleitores forem às urnas em outubro de 2026,
O Novo venceu as eleições para o Executivo mineiro em 2022 com uma chapa puro sangue. Em 2026,
“Os mandatários do Novo seguem firmes, convictos e atuantes dentro desse propósito. Nosso foco continua sendo o trabalho, a eficiência e a entrega de resultados para o Estado. E tudo indica que, nessa parceria com o PSD, o candidato a vice na chapa deverá ser do novo, o que demonstra a confiança e a importância do partido dentro desse grupo político que está transformando Minas Gerais”, afirmou o parlamentar.
A expectativa do Novo, no entanto, não está próxima de se confirmar. Com pouca representação no Congresso Nacional — apenas cinco deputados federais — o partido não tem o que oferecer nas tratativas sobre fundo eleitoral e tempo para campanha gratuita na televisão e no rádio. Nessa mesa de negociação, os novistas saem atrás de outras legendas que podem oferecer um vice mais competitivo para compor a chapa com o PSD.
Procurado pela reportagem, o
“O Novo reivindica esse espaço (de candidato a vice), mas está muito distante. Não há essa discussão no momento. O foco é a gestão do estado e ampliar as entregas”, disse o deputado.
Como incumbente, Simões é candidato natural ao Governo de Minas em 2026, mas antes de pensar em como integrará seu antigo partido na corrida eleitoral, ele precisa se garantir internamente no PSD.
Como reflexo de sua postura fisiológica, a nova legenda do vice-governador tem representantes importantes da esquerda à direita. O PSD é base de Zema em Minas e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Brasília. Da proximidade com o petista vem a possível candidatura do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ao governo estadual, uma hipótese enfraquecida com a chegada de Simões, mas ainda não descartada.
Campanhas de deputados
Além de Dr. Maurício, o Novo de Minas tem Zé Laviola como representante na Assembleia Legislativa (ALMG). Já na Câmara Municipal de Belo Horizonte, o partido conta com Bráulio Lara, Fernanda Pereira Altoé e Marcela Trópia.
O trio de vereadores,
Braulio Lara será candidato a deputado federal e comentou sobre sua expectativa para uma campanha sem Mateus Simões encabeçando o braço mineiro da disputa. À reportagem, o vereador disse que espera se basear na
“A saída foi uma decisão pessoal do Mateus. A gente segue firme no Novo, que segue governando o estado sob a liderança de Romeu Zema. Acredito que a saída (de Simões) não vai interferir porque a pré-candidatura de Zema é a principal ação política do partido e vamos ter uma chance de ancorar nela as candidaturas dos deputados federais”, projetou.