A Petrobras recebeu nesta segunda-feira (20/10) a licença do Ibama para iniciar a perfuração de um poço exploratório no bloco FZA-M-059, localizado em águas profundas do Amapá. A região é considerada uma das novas fronteiras de petróleo e gás do Brasil, e a exploração na área tem gerado críticas de ambientalistas.
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O bloco fica a cerca de 500 km da foz do Rio Amazonas e 175 km da costa, em uma área de mar aberto. A perfuração está prevista para começar imediatamente e deve durar cerca de cinco meses.
De acordo com a Petrobras, nesta etapa o objetivo é coletar dados geológicos e verificar se há petróleo e gás em quantidade suficiente para viabilizar a produção futura.
Exploração controversa
Nesta fase, não haverá extração de petróleo - trata-se apenas de pesquisa exploratória. Apesar de ainda não produzir, o início das atividades representa um avanço no projeto, mas também mantém o debate ambiental aceso. Organizações como o Instituto Socioambiental (ISA) e o WWF Brasil alertam para riscos de acidentes, impactos sobre ecossistemas sensíveis e possíveis efeitos sobre a vida marinha na região.
Além disso, há também críticas ao apoio do governo brasileiro a projeto de exploração de fontes não renováveis de energia, o que é o caso do petróleo, em meio a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-30), que será realizada em Belém, no Pará, em novembro.
Caminho até a produção
Antes de iniciar a extração comercial, a Petrobras precisará cumprir algumas etapas:
- Comprovar que há petróleo em quantidade econômica;
- Declarar a comercialidade do campo, autorizando o desenvolvimento do poço;
- Obter licença ambiental específica para produção junto ao Ibama.