O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, decidiu nesta segunda-feira (20) pela manutenção do afastamento dos desembargadores Loraci Flores de Lima e Carlos Eduardo Thompson Flores, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.
Dino optou por seguir e confirmar a medida determinada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O ministro argumentou ser prudente mantê-los afastados até a conclusão do processo administrativo disciplinar aberto contra eles.
Loraci Flores de Lima e Thompson Flores estão afastados desde 15 de abril por decisão do corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão. Àquela sessão, o magistrado determinou ainda os afastamentos da juíza federal Gabriela Hardt, substituta de Sergio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba, e do juiz titular Danilo Pereira Júnior.
No dia seguinte, 16 de abril, o colegiado do CNJ presidido pelo ministro Luis Roberto Barroso, também presidente do STF, derrubou os afastamento dos juízes e manteve apenas a decisão de Salomão sobre os desembargadores. À ocasião, Barroso classificou o afastamento dos magistrados como arbitrário e desnecessário.
Em relatórios apresentados ao Conselho Nacional de Justiça, o corregedor Luis Felipe Salomão argumenta que a força-tarefa da Lava-Jato e os juízes que atuaram na operação cometeram irregularidades. Ele alega ainda que há indícios de que Gabriela Hardt cometeu os crimes de corrupção, prevaricação e peculato. A inspeção feita pelo CNJ constatou a existência de indícios de uma negociata entre os integrantes da força-tarefa para destinar valores bilionários que seriam supostamente usados por eles.