Após a prisão preventiva de Jair Bolsonaro (PL) no último sábado (22), o foco da bancada de seu partido no Congresso Nacional será aprovar, em sua totalidade, o projeto de anistia na Câmara e, após, no Senado. A declaração é do senador e filho do ex-presidente, Flávio Bolsonaro (PL), em coletiva de imprensa após reunião interna do partido nesta segunda-feira (24).
“Nosso objetivo único a partir de agora é aprovar o projeto de anistia na Câmara dos Deputados e, tendo êxito, no Senado Federal. Não abrimos mão de buscar isentar essas punições absurdas impostas a pessoas inocentes”, afirmou o parlamentar.
O senador ainda acusou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, referendada nesta segunda-feira pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), de “intolerância religiosa”.
“(Vamos lutar pela anistia) ainda mais depois de essa última decisão de tirar o presidente Bolsonaro da prisão domiciliar com base na intolerância religiosa. Fiz um chamado para orar pelo presidente Bolsonaro pela sua saúde, por Justiça e de uma forma mirabolante foi isso ser criminalizado, fomos acusados de uma metodologia de uma organização criminosa por querer orar”, declarou.
O senador Rogério Marinho (PL), por sua vez, afirmou durante a coletiva de imprensa que, no sábado, teve uma conversa com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos) e relatou que ele tem procurado líderes para conversar sobre o projeto de anistia. “Alguns defendem a anistia e outros a dosimetria, então que o voto vença”, defendeu.
Questionado se a oposição tratará sobre o impeachment de Alexandre de Moraes neste momento, Marinho ressaltou que o foco é na anistia. Ele ainda garantiu que a bancada do PL trabalha para que o projeto que perdoa os condenados de 8 de janeiro seja pautado nesta semana.