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Ministério da Saúde recua e retira MG da lista de estados com vacinas da dengue prestes a vencer

Ministra Nísia Trindade afirmou nessa quinta-feira (19) que Minas Gerais e São Paulo eram os estados com maior número de doses da Qdenga com vencimento em 30 de abril

Ministério da Saúde elaborou estratégia emergencial e temporária para evitar desperdício de doses da Qdenga

O Ministério da Saúde corrigiu, nesta sexta-feira (19), a informação de que Minas Gerais é um dos estados com maior número de doses da Qdenga com validade até 30 de abril. A pasta, aliás, retirou o estado da lista dos que têm vacinas contra a dengue próximas do vencimento e que deverão aderir à estratégia emergencial e temporária elaborada para evitar o desperdício de doses.

Onze estados se enquadram nessa situação e deverão ampliar o público-alvo para contemplar crianças e adolescentes de 6 a 16 anos com o imunizante contra a dengue; são eles: Acre; Amazonas; Amapá; Bahia; Distrito Federal; Goiás; Maranhão; Paraíba; Rio Grande do Norte e São Paulo.

Quem citou Minas Gerais entre os estados com doses próximas ao vencimento foi a ministra da Saúde, Nísia Trindade, em entrevista coletiva nessa quinta-feira (18). “Em 11 estados temos doses disponíveis, que vencem em 30 de abril. Acre, São Paulo e Amazonas… O Paraná tem um número muito pequeno disponível, e o Distrito Federal também. Os estados que têm mais doses, até por conta do tamanho e do número de municípios, são os estados de Minas Gerais e São Paulo”, afirmou.

Entretanto, horas antes, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) já tinha informado à Itatiaia que as doses recebidas e distribuídas aos municípios venceriam apenas dois meses depois, em 30 de junho. E, portanto, o estado não iria aderir à estratégia emergencial, mantendo, assim, a vacinação restrita ao público de 10 a 14 anos.

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Com doses prestes a perder a validade, o Ministério da Saúde publicou uma nota técnica na quarta-feira (17) orientando que municípios e estados com vacinas válidas até 30 de abril no estoque ampliassem o público-alvo para a faixa etária de 6 a 16 anos. A nota prevê ainda que, se apesar da ampliação, a adesão à vacina continuar baixa, eles deverão aderir a uma segunda onda de ampliação — contemplando, então, o público de 4 a 59 anos.

“A recomendação é a ampliação de 6 a 16 anos, mas, só para as vacinas que vencem em 30 de abril. Depois, se houver necessidade, a orientação é que se amplie para 4 a 59 anos. É uma estratégia pontual para essa situação”, declarou Nísia Trindade. A ministra acrescentou, ainda, que as pessoas contempladas por essa ampliação emergencial terão garantido o direito à segunda dose para completar o esquema vacinal.

Originalmente, a Qdenga é aplicada apenas em crianças e adolescentes com idades entre 10 e 14 anos. A estratégia excepcional adotada pelo Ministério da Saúde planeja evitar o desperdício de doses, segundo reafirmou Eder Gatti, diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (PNI).


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Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.