O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nessa quarta-feira (3) a devolução do revólver confiscado do sargento Carlos Ibraim Gomes, da Polícia Militar de Minas Gerais, durante investigação sobre a participação do agente nos atos golpistas do 8 de Janeiro.
A permissão concedida pelo ministro é uma resposta a um pedido do delegado Vinicius Barancelli, da Polícia Federal (PF). Ele justificou a solicitação argumentando que a investigação sobre a suposta participação do sargento na manifestação antidemocrática foi arquivada por ausência de justa causa.
Militar reformado e suplente de vereador no município de Doresópolis, na região Centro-Oeste de Minas Gerais, Carlos Ibraim Gomes foi preso no dia 8 de janeiro em Luziânia, em Goiânia, a cerca de 59 minutos de Brasília. Ele seguia de ônibus para a capital federal, onde participaria dos atos antidemocráticos.
Segundo as investigações, não há evidências de que ele tenha ido à manifestação, apesar do desejo de se unir ao grupo acampado em frente ao quartel-general do Exército Brasileiro e partiria para a Esplanada dos Ministérios.
O inquérito também concluiu que não havia mensagens no celular do sargento que comprovariam a participação dele nos atos de violência. Esse conjunto de provas levou ao arquivamento da investigação e, portanto, segundo o ministro Alexandre de Moraes, o porte de arma de fogo por Carlos Ibraim Gomes é lícito.