O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou um pedido da defesa de Rivaldo Barbosa e manteve bloqueadas as contas bancárias do delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro suspeito de participação nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Ele também negou o pedido feito pelos advogados para ajustar o horário de recolhimento domiciliar noturno imposto à mulher de Barbosa, Érika Andrade de Almeida Araújo. O ministro argumentou que não há motivo para retirada ou modificação das medidas cautelares impostas ao delegado e à esposa dele.
Rivaldo Barbosa chefiou a Polícia Civil do Rio de Janeiro entre março e dezembro de 2018. Ele assumiu o cargo um dia antes do assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O inquérito da Polícia Federal (PF) indica que ele agia para impedir a elucidação do crime e proteger os mandantes e os assassinos da vereadora. Ele teria recebido R$ 400 mil para barrar o avanço da investigação. Também há indícios de que Rivaldo teria instruído os executores no planejamento do atentado a Marielle.
O delegado foi preso no último dia 24 de março durante operação da Polícia Federal que também resultou na captura dos irmãos Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, e Chiquinho Brazão, deputado federal pelo União Brasil. A dupla teria encomendado o assassinato de Marielle Franco.