O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) aconselhou Deltan Dallagnol (Podemos-PR), de quem foi colega na Câmara dos Deputados, a procurar “asilo político” em outro país. A sugestão de Feliciano foi dada nesta sexta-feira (9), um dia após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negar um recurso do ex-procurador em um processo
As cifras são referentes ao suposto pagamento indevido de diárias e passagens aéreas a procuradores do Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR) que atuaram na operação Lava-Jato. A decisão foi proferida na quarta-feira (7), um dia após o Parlamento
Pelo Twitter, Marco Feliciano disse ter ficado “sensibilizado” com um vídeo gravado por Deltan para protestar contra a decisão do STJ, oriunda de processo iniciado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
“Se meu irmão me pedisse um conselho, eu daria esse: ‘busque asilo político em um país onde a democracia seja plena’. Você tem documentos de sobra para justificar o pedido! Já tomaram seu mandato, irão dilapidar seu patrimônio. Atacarão sua honra e sabe-se Deus mais o que irão fazer! Há um processo de vingança em andamento. E logo depois de você, serão outros”, escreveu o deputado por São Paulo.
Na gravação citada por Feliciano, Deltan diz ser vítima de perseguição política.
“A Justiça Federal já disse que o procedimento do TCU tem evidentes e manifestas ilegalidades, além de indícios de quebra de impessoalidade, ou seja, perseguição política mesmo”, garante.
O caso das passagens aéreas
Em julho de 2020, um grupo de parlamentares e o Ministério Público levaram ao TCU uma denúncia para que o pagamento de diárias e passagens a procuradores da Lava-Jato fosse investigado. Entre eles, Deltan Dallagnol, que chefiava a operação.
Deltan chegou a recorrer do
“Estão cobrando de mim o dinheiro gasto para a Lava Jato funcionar. O valor das diárias e passagens para os procuradores virem toda semana trabalhar em Curitiba e recuperar mais de R$ 15 bilhões. Eles estão me cobrando esses valores que foram considerados legais por toda a área técnica do Tribunal de Contas, pelo Ministério Público do Tribunal de Contas, pelo Ministério Público Federal, mas os ministros, a parte política do TCU quer acabar com o patrimônio de quem combateu a corrupção”, falou, no vídeo.