O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse nesta segunda-feira (24) que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro não deve atrapalhar a agenda econômica do governo Lula no Congresso Nacional. O principal projeto na pauta é o arcabouço fiscal.
“Acredito que não, porque está tudo tão claro sobre o que aconteceu no dia 8 de janeiro. Ninguém tem dúvida sobre o que aconteceu, da tentativa de se criar no Brasil um ambiente de ruptura institucional. Não resta dúvida de que houve uma tentativa vil de comprometer a democracia brasileira”, declarou Haddad.
O governo trabalhava para convencer deputados e senadores a retirarem as assinaturas para a criação da CPMI, em uma tentativa de derrubar a comissão. Porém, o clima mudou após a divulgação pela CNN Brasil de
“Ainda que um ou outro servidor público possa ter errado na condução do processo, de boa fé, a verdade é que a má fé está toda do lado dos derrotados. E isso vai ficar transparente”, acrescentou Haddad.
CPMI tem data marcada
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG),
“CPI é por conta do Congresso Nacional. Ele decide a hora que quiser decidir; (que) faça a hora que quiser fazer. O presidente da República não vota no Congresso Nacional. Não voto no Senado e não voto na Câmara. Os deputados decidem”, disse o presidente da República durante viagem a Portugal.
Lula disse ainda que vai tomar uma decisão sobre o GSI quando retornar ao Brasil. O órgão é comandado, de forma interina, por Ricardo Capelli, que já havia atuado como interventor no Distrito Federal após os atos antidemocráticos em janeiro.
(Com Estadão Conteúdo)