O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, neste sábado (22), que não vai emitir opinião sobre a possível Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar a invasão a prédios dos três Poderes da República, ocorrida em 8 de janeiro. Em Lisboa, capital de Portugal, onde cumpre agenda com lideranças lusitanas, o petista afirmou que a decisão de instalar, ou não, o comitê, cabe exclusivamente ao Congresso Nacional.
“CPI é por conta do Congresso Nacional. Ele decide a hora que quiser decidir; (que) faça a hora que quiser fazer. O presidente da República não vota no Congresso Nacional. Não voto no Senado e não voto na Câmara. Os deputados decidem”, disse, em entrevista coletiva.
Ao ser questionado por um jornalista brasileiro a respeito dos desdobramentos dos atos de 8 de janeiro, cujas imagens, nesta semana, culminaram
Apesar da queixa, o presidente falou rapidamente sobre o futuro do GSI, mas garantiu que ainda não bateu o martelo a respeito da pasta. Gonçalves Dias perdeu o cargo após a divulgação, por parte da CNN Brasil, de imagens que mostram o general
“O GSI, que é de minha responsabilidade, quando eu voltar, vou tomar a decisão que achar mais importante para o Brasil”, disse.
Investigação parlamentar tem apoio do governo, garantiu ministro
A divulgação das imagens de Gonçalves Dias fez integrantes do governo mudarem a percepção sobre a CPMI, antes defendida apenas pela oposição. Na quinta-feira (20), o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, falou sobre o assunto.
“Vamos orientar os líderes dos partidos da base a indicar membros para essa CPI. Vamos enfrentar este debate político que está tentando ser criado por aqueles que passaram pano para os atentados e terroristas do dia 8 de janeiro”, assegurou.
Na visão de parte dos governistas, a CPMI serviria para mostrar que o governo Lula não agiu para fomentar os atos antidemocráticos.